Vulto

De centavo em centavo
Eu loto meu bolso (ãm! ãm!)
Mas não quero centavo
Eu quero o torro (ahãm!)

Se eu torro esse troco hoje
Amanhã eu me fodo
O foco é: alavancar o meu nome
E entrar nesse jogo

É hora de saberem meu vulgo
Me tornei um vulto
Por muito tempo
Ninguém me viu

Pus pólvora no barril
O pavio é curto
No meio do tumulto
Vou tumultuar. Cê me ouviu?

Não vim pra ser juvenil
E fazer do rap um brinquedo
E brincar como um lek
Brinca de Playmobil

Garrafas, fervo, joga quem pode
Quebrada, isqueiro, dos bota preta pinote (Corre!)
Os rato sai de qualquer bueiro, fique ligeiro, não dorme (acorde!)
Queria eu fazer dinheiro fácil, até por hobby
Não nasci em berço que vale ouro, não tive papai e não sou esnobe

Se cê é playboy não sabe o que é enquadro
Na quebrada a noite numa sexta feira
Não sabe o que é esculacho sem dever nada
Sem B.O no bolso e RG na carteira

Pros "homi" isso é brincadeira
Pra 'nois' virou ação corriqueira
Não vou de meióta, pra não ter na bota
Esses camundongo querem ratoeira

SP011 não é nada mal
Pra você buscar o capital o núcleo é na capital
Você tem opções de porções variadas, presta atenção (jão)
Só não vem de chapéu, não tem mel e é cruel pra emocionadão

Pelo sim, pelo não, pisa fofo e calmo e saiba chegar (por onde andar)
Pra poder sair, ir ali e aqui, respeitando o lugar (Pode pá)
Pra você não ficar a deriva também quando cê precisar
Quando a onda bater e a maré aumentar e você ser engolido por esse mar

Tamo igual Moisés, dividindo as águas do mar
Calejei os meus pés no caminho sozinho pra poder passar
Pedem colher de chá, mas não tem pra somar
Nem colher, nem o chá pra constar
Querem se aproveitar, para lá
Porque não vão sugar o que eu vou conquistar

Olha quantos viraram as costas pra mim
E pros meus e hoje eu tô certo
Desse litro d'água só bebe
Quem comigo andou nesse vasto deserto

Tá na mesa o banquete, com certeza mato a fome
Essa é a hora da fartura
Lembra tipo a santa ceia, só que um pouco diferente
CARTEL BELA VISTA, truta, não vai abraçar o Judas

Gato escaldado fica arisco, esse é o risco por ser bondoso
Que pros maldoso você ser bom é o mesmo que ser o bozo
Aí tá o erro do asqueroso, achar que todos são manipuláveis
Porque o sonso vê presa fácil, pensa que os outros são descartáveis

Quem mais erra aponta o dedo e acha que cê não tá vendo
Mas nós é tipo olheiro
Na frente do holofote a gente olha, vê e percebe
Muito lobo camuflado e vestido com a pele de cordeiro

Falso profeta não me afeta
Você da brecha aonde passa
Seu rastro é grande e já é o bastante
Pra que eu me afaste e suma igual fantasma



Credits
Writer(s): Felipe Pereira Dos Santos
Lyrics powered by www.musixmatch.com

Link