São Pixinguinha - A COLORS SHOW

(La-ra-la-iá), ei
(La-ra-la-iá), ei
(La-ra-la-la-iá)
La-ra-lara-lala-la-iá

Se um dia fosse chamado pra tocar no céu, eu ia
Ia lisonjeado, cê pode apostar que eu ia
Leve como uma pluma, melhor, uma melodia
Na paz dos ancestrais lá das fitinhas da Bahia

Brilhando como a prata dessa lua que me guia
Sambando pelas nuvens como a flauta e tantas guias
Polvilhado de estrelas, eu sou o escuro que alumia
Que a noite, se não é mãe, na certa é vó ou então é tia

Que eu penso na plateia com Odoya e Maria
Jesus, Oxalá, Buda, a audiência reluzia
Alá, Nanã, Omama, Ganesha, Santa Luzia
Até o do subsolo se espreme e do fundo espia

Enquanto Deus diz

Chegou São Pixinguinha
De Odeon, de Yaô, de batuque na cozinha
De carinhoso, olha lá ele com a flautinha
De rosa, de nininha, carne assada, ladainha
Dos batuta, sapequinha, de pombinha e benguelê

É ele, pode crer, todo mundo adivinha
Chegou São Pixinguinha
Amém

E se eu pudesse pedir algo ao maestro, seria
Receba com o memo' amor que você recebeu Wilson das Neves
Nosso mestre Letieres Leite

Se um dia fosse chamado pra tocar no céu, eu ia
Cochichar no bocal e o vento traduziria
Algo monumental que nossa alma acaricia
Pra explodir num louvor que toda palma carecia

Elegância e amor, o topete das cotovia
Os santos se amontoam, que o home' é uma sinfonia
Orfeu emocionado, isso sim que é poesia
E os anjos amontoado, dizendo: essa arrepia

E eu vendo uma plateia com Odoyá e Maria
Jesus, Oxalá, Buda, a audiência reluzia
Alá, Nanã, Omama, Ganesha, Santa Luzia
Até o do subsolo se espreme e do fundo expia

Enquanto Deus diz

Chegou São Pixinguinha
De Odeon, de Yaô, de batuque na cozinha
De carinhoso, olha lá ele com a flautinha
De rosa, de nininha, carne assada, ladainha
Dos batuta, sapequinha de pombinha e benguelê

É ele, pode crer, todo mundo adivinha
Chegou São Pixinguinha
Amém

(La-ra-la-iá)
(La-ra-la-iá)
(La-ra-la-la-iá)
La-ra-lara-lala-la-iá

É o pã dessas florestas tropicais
Onde chopins monumentais venceram a insônia
Que impede o povo de dormir em paz
Sabe onde o Brasil jamais foi colônia?
Na flauta do Alfredinho lá do Catumbi



Credits
Writer(s): Thiago Dos Reis Pereira, Leandro Roque De Oliveira, Damien Alain Faulconnier
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