Rosa da madrugada

Ê, seu moço, olha pra mim
Ê, seu moço, olha pra mim
Já botei saia rendada
Vesti blusa de cerimônia
Sou rosa da madrugada
Vim brincar nesse jardim

Seu moço sente o perfume
Do vento no meu cabelo
Não corre que eu te alcanço
Montada no meu cavalo
Meu feitiço é muito forte
No teu corpo meu tempero
Essa noite a sua sorte
Eu tiro no meu baralho.

Tenho cama de veludo
Num palacete dourado
Quem se deita vira rei
Por mim mesma coroado
Sou servida em pratos quentes
E moço, se você me come
Quanto mais te mato a sede
Mais aumenta a sua fome.

Tá cheio de perna de calça
Me querendo nesse botequim
Ê seu moço, olha pra mim
Já tropeçou em muita pedra falsa
Mas alguém escutou sua prece
Do visgo do meu encanto
Quem desfruta não esquece
Oi seu moço até que enfim
Chegou sua vez, você merece.



Credits
Writer(s): Eliza Pragana
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