Coisas Que Vivi

(Renan)
Sim aprendi driblar todo problema
Mas o foda é o campo acaba
Sim consigo quebrar todo dilema
Mas o foda é que a alma é fraca (2x)

Por isso treino a alma com boas ações
Suportando as dores de mil corações
Mesmo com o fardo de mil gerações
Meu fardo é quebrar o mal genético

Meu eu poético, é tão eclético
Mas se confunde no meio das multidões
Ai se eu pudesse mudar todos corações
O jeito que se comportam é tão cinético

Me deixa estático, é estatístico
Que muitos preferem botar tudo a risco
Enigmático, é tão sofrido
Por isso ensino, é um privilégio

Ensinar doutores só com ensino médio
Eu grito dores da varanda do meu prédio
E o caos me deve, e conhece
Por saber que eu não moro em bairro nobre

Eu vou lutar pra minha família ser mais nobre
E que no peito aprendam a guardar cobre
Aqui só chove, não me devolve
O meu senhor as tais feridas só remove

Que a gente entende por quem devemos correr
Aprendi a não sofrer sem precisar
A merecer tudo que um dia tu me dar
Não só sonhar mas ter coragem demais pra realizar
E ser assim, pelas coisas que eu vivi

(Refrão)
Sim, que eu aprendi
Coisas que vivi
Que é só no sentir
Pra se manter aqui

(Gabiru)
Convocado e escalado, meus versos são chance de gol
Golo, golo, golo
Pra mudar esse quadro,
Romper a estrutura do estado
Cos aliados

Descendente de Malês, impossível ser maleado
Meus verso são incisivo, não desagradável
Fala pros playboy, pros otário, mercenário
Que nois fazemo essa porra com menos de um salário

O papo é vivência, e tamo vivendo
Nois tamo na luta, sigo aprendendo
Eu entendo o processo sofrido
Lutamo sempre pra não passar veneno

Resistência e existência
Segue o dilema e eu ainda resisto
Escrevo o que sinto, canto o que vivo
Então penso, logo resisto

Zumaluma, escola de vida
Uma fábrica de senso crítico
Capoeira, Hip Hop
Isso sim eram os meus ofícios

Vida difícil, mesmo dilema
Lá no João Marreta aprendi a driblar os problemas
Salve Magrão! Um grande mestre
Jogo é hoje mostrou pros muleques

Hoje escrevo, mato no peito, faço esse gol e canto meus rap!
Isso que é rap

(Refrão)
Sim, que eu aprendi
Coisas que vivi
Que é só no sentir
Pra se manter aqui

(Mujahas)

Soltei o peso da caneta, deixei o coração falar
Seja como for minha forma de expressar
Porque eu nasci pro mundão
Cheguei pro fronte
Sou mais um periférico falando um monte

Santa Tereza é minha quebrada, respeito por ela!
No cenário da sul, são becos e vielas
Na era do trap, prefiro boombap
Na mesma convicção, sem tirar os clap

Foi o rap que me fez ter um proceder pra trocar
Teve uns manos que me incentivaram a começar
Teve vários que falaram que não ia dar em nada
Visão a professora da sala de aula

Só que eu não levei em conta eu faço por amor
Que se foda o preconceito, eu aqui estou, moro?
E quando uma palavra salva um moleque
Uns chamam de conselho, eu chamo de rap!

FR convocou pra prosseguir meu legado
Salve Jhony meu parceiro, meu aliado
Salve Tom, conexão, Embu ao CDD
Gabiru é o respeito que vai prevalecer

Zumbi, Malcom X, Luther King, Mandela
Zumaluma, minha escola eu faço parte dela
César Kaab, traficando informação
a revolução prossegue e segue através do som

Na Odisséia, em busca da felicidade
A tinta da caneta vai expressando a minha verdade
Sem forçar, na moral, deixa ela ir
Como um vento que bate e sopra, é só sentir, fluir

Nessa noite calorosa de sexta
A batalha é difícil truta, permaneça
Independente do que seja, foco na jornada
Se afaste das pessoas que nunca te deram nada

O bagulho é você, e sempre vai ser
Depois da noite fria, tem o amanhecer
Lealdade, humildade, um só caminho
Se essa vida é um freestyle, peguei e fiz meu improviso
Fui!



Credits
Writer(s): Renan Costa
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