Elogio do Cronópio

Os incompetentes que destroem essas cidades
Construíram sonhos para serem demolidos
Esmagam a vida entre insólitos detalhes
Pairam as dúvidas e os discernimentos.

Eu que não engulo essa mentira
Dos engasgos da fantasia
Dos torpores da justiça
Eu, o diligente das agonias.

Eu que encontrei esse caminho sem volta
Fui eu que chorei escondido.

E sem sermos ouvidos,
destruímos as imagens,
incendiamos as marquises,
apagamos os registros
Nós, que ludibriamos e corremos em fúria
Nós, que engolimos toda a fuligem.
(E achamos gostoso)

E dormimos brincando
Sem antes sonharmos
Que apenas vivemos
Solenes e existentes
Vazios e pecadores
Largados num "pra sempre".



Credits
Writer(s): J.p Schwenck
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