Roda de Chimarrão

Eu nasci naquelas terras
Onde o minuano assobia
Cevando a erva pro mate
Chimarreando todo dia

Sou gaúcho de verdade
Na raça e no coração
Gauderiando em outros pagos
Mesmo assim nas veias trago
O sangue da tradição

O Sol levanta cedinho
E acorda o meu rincão
E lá vai a gauchada
Pra roda de chimarrão

Quando bate uma tristeza
Daquelas que a gente chora
Dá uma vontade danada
De largar tudo e ir embora

Então eu pego a cordeona
E deixo o fole rasgar
Corro os dedos no teclado
E num vaneirão largado
Me esqueço até de chorar

O Sol levanta cedinho
E acorda o meu rincão
E lá vai a gauchada
Pra roda de chimarrão

Quando penso na querência
Vem a saudade baguala
E se acomoda no peito
Numa dor que não se iguala

Aí eu preparo o mate
E chimarreio à vontade
Me sento à sombra da casa
Parece que crio asas
Viajando nesta saudade

O Sol levanta cedinho
E acorda o meu rincão
E lá vai a gauchada
Pra roda de chimarrão

Terra buena, hospitaleira
De um povo alegre e gentil
Sua natureza desenha
A bandeira do Brasil

Contrasta as neves do inverno
Num céu tingido de azul
E os trigais amarelando
Com as campinas verdejando
O meu Rio Grande do Sul

O Sol levanta cedinho
E acorda o meu rincão
E lá vai a gauchada
Pra roda de chimarrão

O Sol levanta cedinho
E acorda o meu rincão
E lá vai a gauchada
Pra roda de chimarrão



Credits
Writer(s): Joao Miguel Marques De Medeiros
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