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E o que é melhor pra nós: nunca ter ou ter bastante?
Não ver, manter a transe? Esquecer dessa constante?
Ir adiante e seja o que o que Deus quiser
E a lei me quer, e bem não é, sem amor por ralé
Eles esquecem de Jó, chamam eu de Zé
Todo o esplendor do horror pelo amor a javé
Muita insegurança no futuro das crianças
Preso as finanças e num há dinheiro de fiança
E eu temo a pança nos quarenta e a lambança
De um homem que se alimenta por bem mais do que sustância
E da ganância por dinheiro nasce a lança
Que deslancha no primeiro peito pobre...
Na balança um pouco de carne leva toda a esperança
Sem dignidade nós trabalha e não avança
Por qualquer trocado, suor do medo desce amargo
Se perder o emprego o enredo tá pesado
E eu vou ir e voltar no verão, com os pivetes, arrumar um milhão
Canivete ou pistola na mão ou comprar um peso e dobrar na porção
Se eu sair ileso ou preso é lucro,
O preço eu entendo, assinei no escuro
Eu me vejo correndo das mentes eu juro,
Eu não me perdoei por ceder ao espúrio
Eu só me joguei sem medo de cair, querendo voar, em busca de um lar
Não encontrei lugar pra aterrissar, querendo sair do inferno e plantar
Sementes do bem, na terra de alguém, pra me redimir desse peso imenso
Aquele sentimento que eu penso de salvar alguém
Enquanto salva a si mesmo

Yeah, yeah...

Ãh!

Jovem ENNI...

Não, não, não!

Corta o beat ainda não.

Deixa respirar...



Credits
Writer(s): Zenildo Ferreira Dos Santos, Claudio Jose De Oliveira Goncalves
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