Reza Vela / Norte-Nordeste me veste (Participação especial RAPadura Xique Chico) - Ao vivo
Eu queria chamar no palco directamente de Fortaleza, Ceará
O oxente, um arriégua da porra
De Rappa pra RAPadura
De RAPadura pra Rafinha
Vem que vem, queridão
Deslancha com a sua poesia
Uma salva de palmas, rapaziada
Nordestino até o osso
Oxé
Minhas irmãs, meus irmãos
Se assumam como realmente são
Não deixe que sua matrizes, que suas raízes
Morram por falta de irrigação
Ser nortista e nordestino, meus conterrâneos
Não é ser seco nem litorâneo
É ter em nossas mãos um destino nunca clandestino
Para os desfechos metropolitanos
Ei nortista, agarre essa causa que trouxeste
Nordestino, agarra a cultura que te veste
Eu digo Norte, vocês dizem Nordeste
Norte
Nordeste
Norte
Nordeste
Ei nortista, agarre essa causa que trouxeste
Nordestino, agarra a cultura que te veste
Eu digo norte, vocês dizem Nordeste
Norte
Nordeste
Norte
Nordeste
Rasgo de leste a oeste como peste do sul ao sudeste
Rap agreste norte-nordeste (epiderme veste)
Arranco roupas, verdades poucas, imagens foscas
Partindo pratos e bocas, com tapas mato essas moscas (Toma)
Eu meto lacres com backs, derramo frases, ataques
Atiro charques nas bases dos meus sotaques (oxe)
Querem entupir nossos fones (a repetirem nomes)
Reproduzindo seus clones se afastem (dos microfones)
Trazem um nível baixo, para singles fracos, astros de cadastros
Não sigo seus rastros, (negados padrastos)
Cidade negada como madrasta, enteados já não arrasta
Esses órfãos com precatas
(Basta! Ninguém mais empata)
Meto meu chapéu de palha, sigo pra batalha
Com força agarro a enxada (se crava em minhas mortalhas)
(Tive que correr) mais que vocês pra alcançar minha vez
Garra com nitidez, rigidez (me fez monstro camponês)
Exerce influência, em tendência, em vivência, em crenças, destinos
Se assumam, são clandestinos, se negam (não nordestinos)
Vergonha do que são, produção sem expressão (própria)
Se afastem da criação, morrerão por que são (cópias)
Não vejo cabra da peste, só carioca e paulista
Só frestyleiro em nordeste (não querem ser repentistas)
Rejeitam xilogravura o cordel que é literatura
Quem não tem cultura jamais vai saber o que é RAPadura
Foram nossas mãos que levantaram os concretos, os prédios
Os tetos, os manifestos (não quero mais intermédios)
Eu quero acesso direto às rádios, palcos abertos
Inovar em projetos, protestos (arremesso fetos)
Escuta, a cidade só existe (por que viemos antes)
Na dor desses retirantes (com suor e sangue imigrante)
RAPadura, eu venho do engenho (rasgo os canaviais)
Meto o norte nordeste o povo no topo dos festivais, vai
(La-la-la-la-la-la-la-la-la) Ei nortista, agarra essa causa que trouxeste
(La-la-la-la-la-la-la-la-la) Nordestino, agarra a cultura que te veste
(La-la-la-la-la-la-la-la-la) Eu digo Norte vocês dizem Nordeste
Norte
Nordeste
Norte
Nordeste
(La-la-la-la-la-la-la-la-la) Ei nortista, agarra essa causa que trouxeste
(La-la-la-la-la-la-la-la-la) Nordestino, agarra a cultura que te veste
(La-la-la-la-la-la-la-la-la) Eu digo Norte vocês dizem Nordeste
Norte
Nordeste
Norte
Nordeste
A chama da vela que reza
Direto com santo conversa
Ele te ajuda, te escuta
Num canto colada no chão mas sombras mexem
Pedidos e preces viram cera quente
Pedidos e preces viram cera quente
A fé no sufoco da vela abençoada no dia dormido
O fogo já não existe alí, saíram do abrigo
São quase nada
A molecada corre e corre, ninguém tá triste
A molecada corre e corre, ninguém tá
Se tudo move, o prédio é santo
Se é pobre mais pobre fica
Vira bucha de balão ao som de funk
E apertada tua avenida
A cera foi tarrada
Não se admire
Se tudo move se o prédio é santo
Se é pobre mais pobre fica
Vira bucha de balão ao som de funk
E apertada tua avenida
A-a-a, a tua avenida
A-a-a
A cera foi tarrada
Não se admire
La-la-la-la-la-la-la-la-la (Vai, vai, vai)
La-la-la-la-la-la-la-la-la (Vai, vai, vai)
La-la-la-la-la-la-la-la-la (Eu digo Norte, vocês dizem Nosdeste)
Norte
Nordeste
Norte
Nordeste
(Ei nortista, agarra essa causa que trouxeste) La-la-la-la-la-la-la-la-la
(Nordestino, agarre a cultura que te veste) La-la-la-la-la-la-la-la-la
(Eu digo Norte, vocês dizem Nordeste) La-la-la-la-la-la-la-la-la
Norte
Nordeste
Norte
Nordeste
(Vem, vem, vem)
(Vai, vai, vai)
(Mais forte, mais forte, mais forte)
(Nordeste e Norte)
(Mais forte, mais forte)
(Vai, vai, vai)
Eu digo oxe, vocês dizem oxente
Oxe
Oxente
Oxe
Oxente
Eu digo arri, vocês dizem égua
Arri
Égua
Arri
Égua
Eu digo O Rappa e vocês dizem dura
O Rappa
Dura
O Rappa
Dura
(Vai)
Eu digo Norte, vocês dizem Nordeste
Norte
Nordeste
Norte
Nordeste
Sou côco e faço cocada embolada, bolo na hora
Minha fala é a bala de agora, é de aurora e (de Alvorada)
Cortando o céu da estrada do nada, eu faço de tudo
Com a enxada aro esse mundo e (do estudo faço morada)
Sou doce lá do engenho e venho com essa doçura
Contenho poesia pura (a fartura de rima eu tenho)
Desenho nossa cultura por cima e não (por debaixo)
Tu não sabe o que é isso?
Isso é O Rappa e o RAPadura
Ei nortista, agarra essa causa que trouxeste
Nordestino, agarra a cultura que te veste
Eu digo Norte, vocês dizem Nordeste (Vai, sai do chão)
Norte (Vai, vai, vai)
Nordeste
Norte
Nordeste
Ei nortista, agarra essa causa que trouxeste
Nordestino, agarra a cultura que te veste
Eu digo Norte, vocês dizem Nordeste
Norte
Nordeste
Norte
Nordeste
E o melhor daqui já foi, já foi
E o melhor daqui já (Bora lá, na palma)
E o melhor daqui já foi, foi, foi
Chuva de gente estranha cai, cai, cai
O nosso bucho fica pra depois
E o que foi, já foi, não vai voltar jamais
E o melhor daqui já foi, foi, foi
Chuva de gente estranha cai, cai, cai
O nosso bucho fica pra depois
E o que foi, já foi, não vai voltar jamais
O cabra não falar inglês, dizem que sou abestado
Pois não tenho atestado e só falo nordestinês
Tu rai me dai, o rale dei
Ta ralendo, rela lá atrás
A barrela já tá demais, é um rai e rem que nunca acaba
É uns que sobra, outros desaba
E o que foi não volta mais
Oxe
O oxente, um arriégua da porra
De Rappa pra RAPadura
De RAPadura pra Rafinha
Vem que vem, queridão
Deslancha com a sua poesia
Uma salva de palmas, rapaziada
Nordestino até o osso
Oxé
Minhas irmãs, meus irmãos
Se assumam como realmente são
Não deixe que sua matrizes, que suas raízes
Morram por falta de irrigação
Ser nortista e nordestino, meus conterrâneos
Não é ser seco nem litorâneo
É ter em nossas mãos um destino nunca clandestino
Para os desfechos metropolitanos
Ei nortista, agarre essa causa que trouxeste
Nordestino, agarra a cultura que te veste
Eu digo Norte, vocês dizem Nordeste
Norte
Nordeste
Norte
Nordeste
Ei nortista, agarre essa causa que trouxeste
Nordestino, agarra a cultura que te veste
Eu digo norte, vocês dizem Nordeste
Norte
Nordeste
Norte
Nordeste
Rasgo de leste a oeste como peste do sul ao sudeste
Rap agreste norte-nordeste (epiderme veste)
Arranco roupas, verdades poucas, imagens foscas
Partindo pratos e bocas, com tapas mato essas moscas (Toma)
Eu meto lacres com backs, derramo frases, ataques
Atiro charques nas bases dos meus sotaques (oxe)
Querem entupir nossos fones (a repetirem nomes)
Reproduzindo seus clones se afastem (dos microfones)
Trazem um nível baixo, para singles fracos, astros de cadastros
Não sigo seus rastros, (negados padrastos)
Cidade negada como madrasta, enteados já não arrasta
Esses órfãos com precatas
(Basta! Ninguém mais empata)
Meto meu chapéu de palha, sigo pra batalha
Com força agarro a enxada (se crava em minhas mortalhas)
(Tive que correr) mais que vocês pra alcançar minha vez
Garra com nitidez, rigidez (me fez monstro camponês)
Exerce influência, em tendência, em vivência, em crenças, destinos
Se assumam, são clandestinos, se negam (não nordestinos)
Vergonha do que são, produção sem expressão (própria)
Se afastem da criação, morrerão por que são (cópias)
Não vejo cabra da peste, só carioca e paulista
Só frestyleiro em nordeste (não querem ser repentistas)
Rejeitam xilogravura o cordel que é literatura
Quem não tem cultura jamais vai saber o que é RAPadura
Foram nossas mãos que levantaram os concretos, os prédios
Os tetos, os manifestos (não quero mais intermédios)
Eu quero acesso direto às rádios, palcos abertos
Inovar em projetos, protestos (arremesso fetos)
Escuta, a cidade só existe (por que viemos antes)
Na dor desses retirantes (com suor e sangue imigrante)
RAPadura, eu venho do engenho (rasgo os canaviais)
Meto o norte nordeste o povo no topo dos festivais, vai
(La-la-la-la-la-la-la-la-la) Ei nortista, agarra essa causa que trouxeste
(La-la-la-la-la-la-la-la-la) Nordestino, agarra a cultura que te veste
(La-la-la-la-la-la-la-la-la) Eu digo Norte vocês dizem Nordeste
Norte
Nordeste
Norte
Nordeste
(La-la-la-la-la-la-la-la-la) Ei nortista, agarra essa causa que trouxeste
(La-la-la-la-la-la-la-la-la) Nordestino, agarra a cultura que te veste
(La-la-la-la-la-la-la-la-la) Eu digo Norte vocês dizem Nordeste
Norte
Nordeste
Norte
Nordeste
A chama da vela que reza
Direto com santo conversa
Ele te ajuda, te escuta
Num canto colada no chão mas sombras mexem
Pedidos e preces viram cera quente
Pedidos e preces viram cera quente
A fé no sufoco da vela abençoada no dia dormido
O fogo já não existe alí, saíram do abrigo
São quase nada
A molecada corre e corre, ninguém tá triste
A molecada corre e corre, ninguém tá
Se tudo move, o prédio é santo
Se é pobre mais pobre fica
Vira bucha de balão ao som de funk
E apertada tua avenida
A cera foi tarrada
Não se admire
Se tudo move se o prédio é santo
Se é pobre mais pobre fica
Vira bucha de balão ao som de funk
E apertada tua avenida
A-a-a, a tua avenida
A-a-a
A cera foi tarrada
Não se admire
La-la-la-la-la-la-la-la-la (Vai, vai, vai)
La-la-la-la-la-la-la-la-la (Vai, vai, vai)
La-la-la-la-la-la-la-la-la (Eu digo Norte, vocês dizem Nosdeste)
Norte
Nordeste
Norte
Nordeste
(Ei nortista, agarra essa causa que trouxeste) La-la-la-la-la-la-la-la-la
(Nordestino, agarre a cultura que te veste) La-la-la-la-la-la-la-la-la
(Eu digo Norte, vocês dizem Nordeste) La-la-la-la-la-la-la-la-la
Norte
Nordeste
Norte
Nordeste
(Vem, vem, vem)
(Vai, vai, vai)
(Mais forte, mais forte, mais forte)
(Nordeste e Norte)
(Mais forte, mais forte)
(Vai, vai, vai)
Eu digo oxe, vocês dizem oxente
Oxe
Oxente
Oxe
Oxente
Eu digo arri, vocês dizem égua
Arri
Égua
Arri
Égua
Eu digo O Rappa e vocês dizem dura
O Rappa
Dura
O Rappa
Dura
(Vai)
Eu digo Norte, vocês dizem Nordeste
Norte
Nordeste
Norte
Nordeste
Sou côco e faço cocada embolada, bolo na hora
Minha fala é a bala de agora, é de aurora e (de Alvorada)
Cortando o céu da estrada do nada, eu faço de tudo
Com a enxada aro esse mundo e (do estudo faço morada)
Sou doce lá do engenho e venho com essa doçura
Contenho poesia pura (a fartura de rima eu tenho)
Desenho nossa cultura por cima e não (por debaixo)
Tu não sabe o que é isso?
Isso é O Rappa e o RAPadura
Ei nortista, agarra essa causa que trouxeste
Nordestino, agarra a cultura que te veste
Eu digo Norte, vocês dizem Nordeste (Vai, sai do chão)
Norte (Vai, vai, vai)
Nordeste
Norte
Nordeste
Ei nortista, agarra essa causa que trouxeste
Nordestino, agarra a cultura que te veste
Eu digo Norte, vocês dizem Nordeste
Norte
Nordeste
Norte
Nordeste
E o melhor daqui já foi, já foi
E o melhor daqui já (Bora lá, na palma)
E o melhor daqui já foi, foi, foi
Chuva de gente estranha cai, cai, cai
O nosso bucho fica pra depois
E o que foi, já foi, não vai voltar jamais
E o melhor daqui já foi, foi, foi
Chuva de gente estranha cai, cai, cai
O nosso bucho fica pra depois
E o que foi, já foi, não vai voltar jamais
O cabra não falar inglês, dizem que sou abestado
Pois não tenho atestado e só falo nordestinês
Tu rai me dai, o rale dei
Ta ralendo, rela lá atrás
A barrela já tá demais, é um rai e rem que nunca acaba
É uns que sobra, outros desaba
E o que foi não volta mais
Oxe
Credits
Writer(s): Lauro Farias, Marcelo Falcao, Marcelo Lobato, Marcos Lobato, Rapadura Xique Chico, Rodrigo Valle, Xandão
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