Marcha Lenta

Sobre o chão
E em marcha lenta
Vamos deixando um rasto amargo
Um rasto de viver
Como um tambor em pulsão
Com os olhos sempre junto dos pés
E sem nunca olhar pra trás
Persegue esse fado a arder

Somos só o passado
Lá atrás
Pesado, amargo e tão
Breve e fugaz

E os novos rejubilam
Em grande agitação
Tao leves quase como a levitar
A olhar a linha entre a terra e o mar

E nesse vale
O sol a sossegar
E em débil respiração a por fim repousar
E a esconder-se de um lado vai revelar-se
Para outros poderem prosseguir o seu lento marchar
E com os olhos bem no ar
A imaginar

São o tempo a florir
Pulsantes cortejos de prazer

São o tempo porvir
Repletos de anseios de saber

São o tempo a iludir
Mordazes tambores a bater

E a marcha a parar



Credits
Writer(s): Manuel Linhares
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