Passagem I

Poesia do ego

Eu sou o meu mundo
A margem do meu rio
A poeira da minha estrada

Nasci eu e não me deram nada
Uma bússola, um telêmetro
Uma rosa para medir
O que vive no meu ser

Eu vivo em pulsações cardíacas
Que transmito a qualquer ouvido
Que me ausculte

Estou vivo, respiro
Como, bebo
E depois?

Basta comer
Basta beber
Basta bater
Teimoso do meu peito?

Basta toda a hipocrisia
Dos segundos
Que se arrastam um a um
A cada gota?

Miséria total
Farrapos sem remendo
Caleidoscópia miragem
Que se esfuma nas mãos, no coração
Como um brinquedo

Eu sou eu e você é você
E temos medo
Medo do infinito que se estende
Além de nós

Para cima e para baixo
Para a...
Para a hemácia
Para o cosmos
Para sempre

Pensar ou não pensar?
Ficar calado só aceitando
Como única verdade
O amor que nos dilata o sentimento
E que nos faz entender cada segundo



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