Amanunciado

Meu coração, Morena, não era manso de arreio
Por veiaco e cosquilhoso nunca lhe botaram o freio,
Talvez por falta de jeito eu nunca pude amansa-lo
Focinho pelado de tombo e ressabiado de pealo.

Amanunciado, Morena, de buçal, meu coração,
Perdeu o sestro de potro e vai cheirar tua mão.
Troteia de maneador, compasso de redomão
Acostumou-se com a soga e nem precisa o tirão.

Acreditava, Morena, que um coração aporreado
Nunca entraria na forma e trotearia a teu lado.
Acreditava, Morena, que um coração aporreado
Nunca entraria na forma e trotearia a teu lado.

Eu te confesso, Morena, que me faltava era jeito
Não se boleou com teu basto cincha apertada no peito.
Pode sacá o passarinho que tá costeado e sujeito,
Enfrena o meu coração que se amansou no meu peito.

Amanunciado, Morena, de buçal, meu coração,
Perdeu o sestro de potro e vai cheirar tua mão.
Troteia de maneador, compasso de redomão
Acostumou-se com a soga e nem precisa o tirão.

Acreditava, Morena, que um coração aporreado
Nunca entraria na forma e trotearia a teu lado.
Acreditava, Morena, que um coração aporreado
Nunca entraria na forma e trotearia a teu lado.

Amanunciado, Morena...



Credits
Writer(s): Frederico Rangel, Kayke Mello, Marquito Ferreira Da Costa, Vitor Lopes Ribeiro
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