A Última Resposta

Eu não temo o caos
Viva a desordem!
Eu aprendi por em ordem a música que eu não sabia dançar
E meu corpo e minha alma dançam assim
E a música não acaba em dó,
Nem termina em sol
Ela começa em mim

Se dói? Se dói eu choro
Qual vergonha nisso?
É só meu corpo sentindo enquanto assisto a alegria voltar
E assim que ela voltar
Eu vou deixar ele sentir também
Como alguém que não tem culpa nenhuma daquilo que tem

A viagem que eu escolhi fazer não foi pra fora
Para mundos que agora orbitam longe daqui
Não! Eu não me contento só com planetas
Eu quero todas as luas, mundos e estralas
E para onde mais eu puder ir

Mas eu quero ir para dentro
E eu não tenho nenhum argumento para explicar
O porquê até hoje eu nunca visitei a minha alma
O porquê eu nunca fui até lá

E ela é infinita, ela é brilhante, ela é bela
E a cada atmosfera sinto toda a gravidade
Mas penso na liberdade quando abro minhas velas
E navego longe,
Onde o futuro não se esconde
E o presente não foge de mim

Eu luto todos os dias contra algo que eu não consigo ver
Nem consigo conceber o quão mal isso me faz
Voltar atrás?
Se tornou uma opção
E se eu pedir pela tua mão é porque o meu coração
Meu coração não aguenta mais

Foi aí que eu percebi que precisamos um do outro
E isso não é pouco
É tudo que podemos fazer
E assim crescer
E assim expandir
Eu não me limito!
Veja
Eu sou o infinito!

Eu não estou morrendo
Eu não estou apagando
Eu não estou desistindo
Eu estou existindo
E resistindo vou viver a cada verso
E finalmente entender
Como reverter a entropia do universo



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