Imigrante

Tantos sonhos são desfeitos
Uma mãe que afaga o peito
Seu filho que vai partir

P'ra longe vai o imigrante
P'ra outra terra distante
Outro caminho a seguir

Mal ele sobe ao navio
Ao coração dá-lhe um frio
Das saudades que já tem

E olhando o lenço branco
Que se agita vem-lhe o pranto
E acena para ninguém

Nunca mais
Nunca mais
A terra há de voltar

Nunca mais
Nunca mais
A terra há de voltar

Há pouco tempo chegaram
Mas mil anos se passaram
Dentro do seu coração

E aos poucos o desgosto
Deixou mazelas no rosto
E calos na sua mão

Mas manda cartas aos seus
Dizendo graças a Deus
Pelo destino que tem

Feliz a mãe a recebe
Jamais nas linhas percebe
Que sofre como ninguém

Nunca mais
Nunca mais
A terra há de voltar

Nunca mais
Nunca mais
A terra há de voltar

E depois de alguns anos
De esperanças e desenganos
Pela fé foi que venceu

E foi com tanta alegria
Que ele viu chegar o dia
De poder rever os seus

Hoje há festa na aldeia
A noite faz-se uma ceia
Pra alguém que vai chegar

Tanto tempo tão distante
Vem de volta o imigrante
Com o coração a cantar

Nunca mais
Nunca mais
Sua terra há de deixar

Nunca mais
Nunca mais
Sua terra há de deixar

Nunca mais
Nunca mais
Sua terra há de deixar

Nunca mais
Nunca mais



Credits
Writer(s): Antonio Joaquim Fernandes, Marcia Lucia Amaral Fernandes
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