Desesperadamente calmo

As coisas passam mais devagar ou sou eu que enxergo melhor?
O ritmo do agora é uma dança suave que sai de mim

Sou um rosto calmo olhando a velocidade das coisas inúteis que arrastam tudo que amo.
Sei agora tão pouco de tudo que me faria ser mais sábio e carinhoso.

Estou cansado de explicar pra mim, antes de dormir, coisas que finjo não saber.
Talvez esteja tão imerso naquilo que eu pretendia ser, deixei de viver.

Ontem a chuva me contou um pouco sobre mim,
Me pediu segredo quando a vida tentar descobrir.
Deixei o sonho descansando para a próxima manhã,
Do outro lado do rio que escuta manso a voz de Tupã.
Ando calmo como quem passa o dia a ver filhotes cor de avelã
Quero o amor manso, daqueles sem paixão...

Estou cansado de explicar pra mim, antes de dormir, coisas que finjo não saber.
Talvez esteja tão imerso naquilo que eu pretendia ser, deixei de viver.

O desespero não contava com um dia assim.
Tudo pra depois...



Credits
Writer(s): Paulo Vitor Dompv
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