Tatuagem

Dei corpo à alma numa epifania solar
Desejos em vazão no cais do pecados

Ardendo em tensão, o sarcasmo me cobre
Estrelas no chão; delírios censurados

E, então,
Tatuem em minha aura, contorçam o meu ser
Me mostrem a verdade no Recife do Amor
E o sal desse mar sempre ajuda a secar
Algumas das feridas que insistem em não fechar

Amo minha pátria, mas amo mais a mim
Sou tipo um frevo do Valença, mas no frio do sul

No moulin rouge do underground, nem tudo é natural
No espaço em que eu me encaixo, nem tudo é normal

E, então,
Tatuem em minha aura, contorçam o meu ser
Me mostrem a verdade no Recife do Amor
E o sal desse mar sempre ajuda a secar
Algumas das feridas que insistem em não fechar



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