Terra da Solidão

Com o corte da navalha rasgando a escuridão
Entrando sem convite na terra da solidão
Logo de cara, observei a imensidão
Vozes gritando e apelando, em grito roco, irmão

Um cheiro de enxofre, algumas velas queimando
Dois passos à frente, minha mente hipnotizando
Com um estalar de dedos, a minha venda caiu
Mistura de sentimento, medo e frio

Sentado numa pedra, alguma coisa a me olhar
Sei da onde eu vim, mas eu não sei se vou voltar
Sinto a boca seca, logo procuro por água
Minha mente me fodendo, lembrando das minhas mágoa

Coisas do passado que eu havia esquecido
Minha cabeça confusa, por que eu tô pensando nisso?
Será um pesadelo ou talvez será um sonho?
Dois cara cochichando, me olhando com o olhar estranho

Não sei qual é que é, também não quero saber
Tô no lugar errado, mas eu não posso correr
Andando mais à frente, senti o clima mudar
Um cheiro de rosas que pairava pelo ar

Sigo caminhando sozinho, vou mais adentro
Não se eu tô louco, vi uma sombra no vento
Passou e nem me olhou

Puta que pariu, meu mano, um momento falei: Fodeu
A noite tava escura, bem sombria, a Lua se escondeu
Um homem de terno e cartola, mistério passa por mim
Tira do bolso do jaco um envelope que dizia assim

Fim pode ser o começo, o começo pode ser fim
Tira um maço de palha, e do escuro, saca um gin
Me oferece um gole, eu disse: Senhor, quero sim
Desce quente igual brasa, pique ó

Avisto um clarão, se for um sonho, alguém me puxa
De longe, ouvindo vozes na terra das bruxas
Temperatura cai, ouço corujas
Não sei se é tarde pra voltar

A saída tá longe, tento achar outro lugar
Procuro minha navalha no bolso do bombo jaco, e pá

Na terra da solidão, na terra da solidão
Na terra da solidão, na terra da solidão
Na terra da solidão, na terra da solidão



Credits
Writer(s): Matheus Augusto Gomes De Almeida
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