A Friagem

Frio, é muito frio
É muito o frio, o vento, o vento
Frio, é muito frio
O vento, o vento, o vento

Não é somente o frio (não é somente o frio)
É Sucaí, ôôô-ô-ô-ôôô, ô-ôô-ô-ô-ô

Urutaguá, a flauta ecoou
Curupira emitiu seu assovio
Curió bateu asas, avoou
Do céu desceu um brumoso véu de frio
E tudo congelou

Sucaí da voragem
A friagem fez surgir

O frio vibrava feito açoite, êh-êh-êêêh
A tribo arrodeando a fogueira
No rito Tupari

Tupari, Tupari, Tupari, Tupari
Tupari, Tupari, Tupari, êh-êh-êh
Tupari, Tupari, Tupari, Tupari
Tupari

Duvidar, duvidar do pajé (ôh-ôh-ôh)
Duvidar, duvidar do pajé e não ver (ôh-ôh-ôh)
(E não ver)

(Tu vai morrer! Vai morrer! Tu vai morrer!)

E quando a morte vier te abraçar
De olhos fechados irá caminhar
Pabid! Pabid! Pabid! Pabid!

"Então te tornarás e seguirás
Teu caminho no dorso em jacaré-açu"

Serpentes em arco, ponte atravessar
Jaguares ferozes, para te levar
As margens de Mani-Mani
Teu ventre a consumir

"Patobkiá!
Pajé revelará a visão!"

Tupari, Tupari, Tupari, (Tupari)
Tupari, Tupari, Tupari, (Tupari)
Tupari, Tupari, Tupari, Tupari

(É Sucaí...)

O frio vibrava feito açoite, êh-êh-êêêh
A tribo arrodeando a fogueira
No rito Tupari
(Ôh-ôh-ôh-ôh, ô-ô-ô, ô-ô-ô)

Frio, é muito frio
É muito frio, o vento é frio
Frio, é muito frio
O vento, o vento, o vento



Credits
Writer(s): Ronaldo Barbosa
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