De Arder

Violenta a ilusão que me fascinava
Sem eu imaginar o que me aguardava,
Como quem atravessa correndo
Uma porta de vidro
Achando que ali não havia nada

Obsessão antiga que se arrasta,
Minha ideia do que é ser livre me ancorava
Até eu cair em mim

Presa fácil para o obscurantismo
Muito do que já me pareceu
Urgente a ponto de arder
Não tem mais resquício de urgência alguma
A truculência enquanto linguagem universal

Consciência formigante,
Grávida radiante
Eu devo ou não ir adiante?
Lado meu que eu jamais vi antes

Deixa a televisão no mudo,
Eu não suporto a voz desse demente

Violenta a ilusão que me fascinava
Sem eu imaginar o que me aguardava,
Como quem atravessa correndo
Uma porta de vidro
Achando que ali não havia nada

Obsessão antiga que se arrasta,
Minha ideia do que é ser livre me ancorava
Até eu cair em mim

Presa fácil para o obscurantismo
Muito do que já me pareceu
Urgente a ponto de arder
Não tem mais resquício de urgência alguma
A truculência enquanto linguagem universal

Consciência formigante,
Grávida radiante
Eu devo ou não ir adiante?
Lado meu que eu jamais vi antes

Deixa a televisão no mudo,
Quem fez desse cretino um presidente?

Minha ideia do que é ser livre me ancorava,
Sendo que liberdade é só
A distância entre caçador e caça

Liberdade é só a distância
entre caçador e caça



Credits
Writer(s): Jair Naves
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