Agonia
Me ofereceram e eu tomei chá de mandrágora
Achando que era água, e agora vejo um gárgula
E ele possui dentes enormes feito Drácula
Me olhando cheio de mágoa, e eu meto o pé na tábua
Vou pra uma edícula que tá cheia de víboras
E sinto uma delas me grudando a clavícula
E ela me ataca feito pedra na vesícula
Quando no meu ouvido canta canções frívolas
Me sinto um galho rolando na pororoca
Minha sorte tá por minhoca e a súplica se sufoca
Quando o meu medo num armlock me tranca
Me dá um choque, me espanca
E eu quebro que nem paçoca
Com a minha mente em frangalhos
O meu corpo agora espalhado em retalhos
Sou passageiro da agonia
Aprisionado nessa brisa sombria
Parece que alguém está me carregando perto do chão
Parece um sonho, parece uma ilusão
Meu raciocínio fica meio devagar
Mal me conhece, me persegue
Vozes me estremecem
Como se me quisessem
O eu absoluto, obrupto se revela
Sinto o sangue gelado fincar minhas canelas
Nessa cela claustrofóbica
Eles vão me retalhar e os pedaços
Espalhados dentro de um campão
Covil frio e escuro
Restos de alguém
E eu vejo as portas trancadas
Eu tô tentando gritar
E não consigo
A agonia, o desespero toma conta de mim
Algo no ar me diz que é muito ruim
Meu sangue quente, não sinto dor
A mão dormente não sente o próprio suor
Eu ainda lembro bem
Lá na esquina do boteco
Na divisa com a farmácia
Era umas seis e dez
O apocalipse de máscara
Eu aguardo um camarada
A hora passa, ele não chega
E a noite vem que vem
Mestre Vargas avisa que era noite sem lua
Bopes e tropa de choque com sede de covardia
Demônios velhos e brancos, fãs da Itália fascista
Sou ligeiro e dou jeito, minha rataria me vinga
Rapinas querem minhas vísceras
Estado é passividade contra os vampiro alado
Cordão de prata e alho, banho de reza e erva
Junto com um bom cruzado
Me deixo em pé pelo jogo, iê, ah
Saliva na seda
Esperto pros comédias
Se manter vivo é a cena
Vou com a cabeça feita
Tenta, peia
Skateboard pega
Sujo de bicicleta
Dessa cena feia
Antes que dê merda (tô saindo fora)
Minha ideia tá clareando
Eu fico, eu fico atacado
Mó' neurose
O tempo tá esgotando
Achando que era água, e agora vejo um gárgula
E ele possui dentes enormes feito Drácula
Me olhando cheio de mágoa, e eu meto o pé na tábua
Vou pra uma edícula que tá cheia de víboras
E sinto uma delas me grudando a clavícula
E ela me ataca feito pedra na vesícula
Quando no meu ouvido canta canções frívolas
Me sinto um galho rolando na pororoca
Minha sorte tá por minhoca e a súplica se sufoca
Quando o meu medo num armlock me tranca
Me dá um choque, me espanca
E eu quebro que nem paçoca
Com a minha mente em frangalhos
O meu corpo agora espalhado em retalhos
Sou passageiro da agonia
Aprisionado nessa brisa sombria
Parece que alguém está me carregando perto do chão
Parece um sonho, parece uma ilusão
Meu raciocínio fica meio devagar
Mal me conhece, me persegue
Vozes me estremecem
Como se me quisessem
O eu absoluto, obrupto se revela
Sinto o sangue gelado fincar minhas canelas
Nessa cela claustrofóbica
Eles vão me retalhar e os pedaços
Espalhados dentro de um campão
Covil frio e escuro
Restos de alguém
E eu vejo as portas trancadas
Eu tô tentando gritar
E não consigo
A agonia, o desespero toma conta de mim
Algo no ar me diz que é muito ruim
Meu sangue quente, não sinto dor
A mão dormente não sente o próprio suor
Eu ainda lembro bem
Lá na esquina do boteco
Na divisa com a farmácia
Era umas seis e dez
O apocalipse de máscara
Eu aguardo um camarada
A hora passa, ele não chega
E a noite vem que vem
Mestre Vargas avisa que era noite sem lua
Bopes e tropa de choque com sede de covardia
Demônios velhos e brancos, fãs da Itália fascista
Sou ligeiro e dou jeito, minha rataria me vinga
Rapinas querem minhas vísceras
Estado é passividade contra os vampiro alado
Cordão de prata e alho, banho de reza e erva
Junto com um bom cruzado
Me deixo em pé pelo jogo, iê, ah
Saliva na seda
Esperto pros comédias
Se manter vivo é a cena
Vou com a cabeça feita
Tenta, peia
Skateboard pega
Sujo de bicicleta
Dessa cena feia
Antes que dê merda (tô saindo fora)
Minha ideia tá clareando
Eu fico, eu fico atacado
Mó' neurose
O tempo tá esgotando
Credits
Writer(s): Murillo Murillo
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