Novos Paus-De-Arara

O corpo não cicatrizou
Nem sai dos olhos tamanha tristeza
A dor que a mente nunca esquecerá
A falta de pão sobre a mesa

No prato só indiferença
No corpo a dose da desilusão
Mastigo com o que o dia amassou
A incerteza é a digestão

Ah, eu vou
Lá vamos nós mudar a sorte desse chão
Ah, eu vou
Por um destino, nordestino cidadão

Ah, eu vou
Lá vamos nós mudar a sorte desse chão
Ah, eu vou
Por um destino, nordestino cidadão

E surgem novos paus-de-arara
Quem sabe um retirante do Inhamuns
Pra ser um novo passarinho urbano
Errante nas ruas do sul

Com fome e sede de justiça
Nordeste, indignado, penso em ti
A etiópia também é aqui
Somália também é aqui

Ah, eu vou
Lá vamos nós mudar a sorte desse chão
Ah, eu vou
Por um destino, nordestino cidadão

Ah, eu vou
Lá vamos nós mudar a sorte desse chão
Ah, eu vou
Por um destino, nordestino cidadão

À nós não cabe mais humilhação
Aos governantes só uma certeza
As regras desse jogo mudarão
Ou então a gente vira a mesa

Depende somente de nós
Brotarmos novos passos nesse chão
E dele ver nascer nova semente
De um nordestino cidadão

Ah, eu vou
Lá vamos nós mudar a sorte desse chão
Ah, eu vou
Por um destino, nordestino cidadão

Ah, eu vou
Lá vamos nós mudar a sorte desse chão
Ah, eu vou
Por um destino, nordestino cidadão

É o Forró Mastruz com Leite

E surgem novos paus-de-arara
Quem sabe um retirante do Inhamuns
Pra ser um novo passarinho urbano
Errante nas ruas do sul

Com fome e sede de justiça
Nordeste, indignado, penso em ti
A etiópia também é aqui
Somália também é aqui

Ah, eu vou
Lá vamos nós mudar a sorte desse chão
Ah, eu vou
Por um destino, nordestino cidadão

Ah, eu vou
Lá vamos nós mudar a sorte desse chão
Ah, eu vou
Por um destino, nordestino cidadão

Ah, eu vou
Lá vamos nós mudar a sorte



Credits
Writer(s): Manoel Da Silva Batista
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