Da Porta Pra Dentro

Da porta pra dentro, entro
Caminho lento
E atento sinto o silêncio do tempo

É a vida que simplesmente acontece
Não há pressa, nem há prece
É apenas a pena que parece

O tédio da inércia das coisas
De compreensão carece
Tudo perece

Vou a janela, refúgio da clausura
Como se pudesse, porventura
Ali encontrar a cura, que loucura!

Se os olhos são o espelho da alma
Eu quero ver o interior
A origem, o Thauma

Da porta pra dentro é o fechar das pálpebras
A intimidade profunda
Com tudo aquilo que nos habita
Que grita, palpita, que nos inunda

Reflita, diante do caos
A beleza está em ser o que se é#VERSE
Em estar de pé, se futuro não há

Também não há marcha ré
Da porta pra dentro, concentro
Consinto-me, acalento e atenho-me à fé



Credits
Writer(s): Matheus Da Fonseca Pinheiro
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