Eu To na Rua

No engatilhando das quadrada das 12 a 357
Eu vim de um bonde, um pesadelo
Junto com os moleque, cresci na rua, Jão'
E eu vi bem de perto o que aconteceu
Com quem tentou ser mais esperto

Vi vários arrastados, aqui sendo julgados
Pelo tribunal da rua sendo sentenciado
Ali no Pioneiro ouvi grito de terror
Do Bela Vista ao Guanabara muito giro de tambor

Os moleques são sinistro, tem prazer em correr risco
Na quebrada os mais humilde, mas no corre é só psico
Arrasta os cabrito pro desmanche
Atravessa a fronteira tipo avalanche

Daqui pra lá, de lá pra cá
De matina sem dar bobeira
Traz a pedra mais cabreira, abastece suas biqueira
E pra levantar os malote 'tão puxando só carreta

Pra encher sua boate das escama verdadeira
É rolê de SW, Evoque e Amarok
E S10, as Captiva, as Triton, as Dodge Journey
Pra viver la bela vita con as chicas mais calientes

Os moleque se arriscam de forma inconsequente
Sem pensar em nada, lota os pente
Se é Isso que a mídia mostra, ele não faz diferente
Só vê na programação carro de luxo mansão
Só tem isso de ambição, o que vê na televisão

Os moleque que pagar, então vira as ratata
Uns 'tão pra se levantar, outros só pra ostentar
A vida é boa, é boa a vida, desfila nas avenida
Dentro da Captiva, uísque no copo e do lado as bandida

Sem dar vexame, é só mel que atrai enxame
De Paco Rabane, ver minha mãe pique madame
No pulso o Piaget, na lupa um Cartyer
Fazendo acontecer, não vive só de querer

E vai buscar, e já era, quem quer viver na miséria?
Adrenalina na veia, o trampo é coisa séria
Não para nos obstáculos, na quebra foi treinado
Disciplinado tipo soldado pra guerra sendo forjado

Pro tráfico armado e bem preparado
O bonde tá fechado, o arsenal tá pesado
A meiota tá no talo, o fuga já tá avisado
O malotão tá recheado, os menino tá cercado

Só de aliado, os bota desnorteado
Pela frequência do rádio já foi desbaratinado
Tá limpo o asfalto, o bilhete é premiado
Confere o resultado, férias contando os placo