Chuvas de São Paulo

As chuvas de São Paulo
Não lavam minha alma
Como poderiam?
O que fazer com tanta lama?
O que fazer com tanta lama?

Aceitá-la
Com a calma de tantos sóis que se apagam
Com a lama das chuvas de São Paulo

Vivo e viverei, de goteiras, de goteiras
As águas correntes e sujas
Do meu teto imaginário
Furarão minha alma e sapatos

Sujarão o que resta
Do meu mundo ressecado
Desidratando os sentidos
E desmaiando pedaços

As chuvas de São Paulo
As chuvas de São Paulo



Credits
Writer(s): Alvaro Dutra, Raquel Campos
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