Carreiro & Carreirinho -
Os Maiores Violeiros Do Brasil: 50 Anos de Pioneirismo da Verdadeira Moda de Viola
Ferreirinha
Eu tinha um companheiro por nome de Ferreirinha
Nós lidava' com boiada desde nós dois rapazinhos
Fomos buscar um boi bravo no campo do Espraiadinho
Era vinte e oito quilômetro' da cidade de Pardinho
Nós cheguemo' no tal campo, cada um seguiu prum' lado
Ferreirinha foi num potro redomão muito cismado
Já era de tardezinha e eu já estava bem cansado
Não encontrava o Ferreirinha e nem o tal boi arribado
Naquilo avistei o potro que vinha vindo assustado
Sem arreio e sem ninguém, fui ver o que tinha se dado
Encontrei o Ferreirinha numa restinga deitado
Tinha caído do potro e andou pro campo arrastado
Quando avistei Ferreirinha, meu coração se desfez
Eu rolei do meu cavalo com tamanha rapidez
Chamava ele pro' nome, chamei duas ou três vez'
E notei que estava morto pela sua palidez
Pra deixar meu companheiro é coisa que eu não fazia
Deixar naquele deserto, alguma onça comia
Tava ali só eu e ele, e Deus em nossa companhia
Veio muitos pensamentos, só um é que resolvia
Pra levar meu companheiro, vejam quanto eu padeci
Amarrei ele pro' peito e numa árvore suspendi
Cheguei meu cavalo embaixo e na garupa desci
E com o cabo do cabresto eu amarrei ele ni' mim
Saí pra aquelas estrada' tão triste, tão amolado
Era um frio de mês de junho, seu corpo estava gelado
Já era uma meia-noite quando cheguei no povoado
Deixei na porta da igreja e fui chamar o delegado
A morte desse rapaz, mais do que eu, ninguém sentiu
Deixei de lidar com gado, minha incrinação' sumiu
Quando alembro' esta passagem, franqueza me dá arrepio
Parece que a friagem das costa ainda não saiu
Nós lidava' com boiada desde nós dois rapazinhos
Fomos buscar um boi bravo no campo do Espraiadinho
Era vinte e oito quilômetro' da cidade de Pardinho
Nós cheguemo' no tal campo, cada um seguiu prum' lado
Ferreirinha foi num potro redomão muito cismado
Já era de tardezinha e eu já estava bem cansado
Não encontrava o Ferreirinha e nem o tal boi arribado
Naquilo avistei o potro que vinha vindo assustado
Sem arreio e sem ninguém, fui ver o que tinha se dado
Encontrei o Ferreirinha numa restinga deitado
Tinha caído do potro e andou pro campo arrastado
Quando avistei Ferreirinha, meu coração se desfez
Eu rolei do meu cavalo com tamanha rapidez
Chamava ele pro' nome, chamei duas ou três vez'
E notei que estava morto pela sua palidez
Pra deixar meu companheiro é coisa que eu não fazia
Deixar naquele deserto, alguma onça comia
Tava ali só eu e ele, e Deus em nossa companhia
Veio muitos pensamentos, só um é que resolvia
Pra levar meu companheiro, vejam quanto eu padeci
Amarrei ele pro' peito e numa árvore suspendi
Cheguei meu cavalo embaixo e na garupa desci
E com o cabo do cabresto eu amarrei ele ni' mim
Saí pra aquelas estrada' tão triste, tão amolado
Era um frio de mês de junho, seu corpo estava gelado
Já era uma meia-noite quando cheguei no povoado
Deixei na porta da igreja e fui chamar o delegado
A morte desse rapaz, mais do que eu, ninguém sentiu
Deixei de lidar com gado, minha incrinação' sumiu
Quando alembro' esta passagem, franqueza me dá arrepio
Parece que a friagem das costa ainda não saiu
Credits
Writer(s): Adauto Ezequiel
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