Seu João (Zeitgeist)

Quem é você?
Hm?
Quem é você o que você faz?
Eu sou maloqueiro
Onde é que cê mora?
Na rua
Como é que você está vendo o Brasil?
Uma porcaria!
O que você aprendeu na vida, serve, hoje para alguma coisa?
Não
Me diga uma coisa
Você acha que alguém, em algum nível
Está realmente preocupado com você?
Não
Sobre a sua vida, cê vai ficar assim?
Vou, já me acostumei com ela
Você chora?
De vez em quando
Você chora, por quê?
De ódio, de angústia, de tristeza, de alegria?
De raiva
De raiva

(Não vá, não vá, não vá)

Seu João foi plantar feijão
(E ação!)
Ele é uma homem da nação
(E ação)
E o que ele quer saber
Quantos feijão vai colher

Simplicidade extraordinária
E as crenças todas imaginárias
A nação que come feijão
Já alimentou seu coração

É preciso proibição
Para um homem dessa nação
Pondo em frente o seu coração
Se preocupando pelos erros passados
Se matando pelos velhos pecados
Arando a terra
Deixou o homem cansado
De um universo que é grande; ilimitado
Sentindo as coisas como um velho espantalho
Olhe essa terra
Que lugar do caralho!
Que Seu João planta
Deixando o povo
Deixando o povo alimentado

Os tempos digitais não me fizeram ser melhor
A fome de pão
As músicas do Belchior
Dos pobres que ainda são
Com a sua canção
A ilusão de que não está tudo ficando pior
Pior, pior!

Você se engana por orgulho
E se mata por reconhecimento
Está no passado
E agravado a tudo que foi dado ao esquecimento

Evidentemente, eu estava aqui
Onde sempre estive
Preso no que digo: que não ligo
Em dizer o que todo mundo vive
Aí de mim!
Um fruto que nunca germina algo novo

Sobre a sua vida, cê vai ficar assim?
Vou, já me acostumei com ela



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