Martelo Armagedon

Não pretendo deixar de tu falai
Nem fazer por você terfa inutil
Nem vesti-la de sedas por tão futil
Nem quere-la dormente de foragem
No tecido forjado em coragem
Dos teares no fogo Talibã
Destronado no reino desse clã
Deixou liso, atirou-se na procura
Desviou-se nos beijos da loucura
Aquecendo o canto da manhã

A visão do meu punho cristalino
Captando cometas estrelados
Nebulosas e astros anelados
Através do cabelo de um menino
Sorriso, tem ares e te vivo
Porque males nenhum pode sofrer
São crianças que vão sobreviver
Ao poder que reinou embrutecido
Pelo mundo que pus só num rugido
Dos motores que o homem quis fazer

Aprendi muito cedo a solidão
Das pessoas que vivem sem pecado
Nesse mundo que vejo avariado
Não há rimas e amor no coração
Mas o reino do grande Salomão
Alojou-se na mente de José
A malícia o pagão quando quer
Na candura de um anjo querubim
Os tesouros da Costa do Marfim
E o futuro vai vir quando vier



Credits
Writer(s): Jose Ramalho Neto
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