Dia de Visita - Ao Vivo
Dia de Visita
Ô, quantos irmão poderia estar conosco
Aqui, presenciando esse momento
Mas, infelizmente, estão lá
Nas cadeias, nos presídio, nos anexos
Mas nós estamos aqui e vamos representar
Nossos irmãos que 'tão lá
Vamo cantar com muita energia
Porque infelizmente, hoje é mais um dia de visita pro...
Ah, sinto uma grande vontade de chorar
Ao ver a minha mãe aqui vindo me visitar
Talvez, se eu tivesse pensado um pouco mais
Talvez, hoje eu não estaria atrás
De uma cela, de um pátio, de um presídio
Numa triste tarde de domingo
É foda, mano, você não sabe, é triste
Mas sobreviver em paz, aqui tem que ser firme
Veja as fotos penduradas na parede
De madrugada, quem deve, aqui treme
Chora e sofre, e pede pra não morrer
Na lei da cadeia, é matar ou morrer
Eu agradeço pela visita
Graças a Deus, ainda eu tenho família
Eu tenho uns conhecidos
(Eu) tenho uma pá de mano
Na rua, no presídio, uma pá de mano
15 anos pra puxar de detenção
Latrocínio na ficha de um ladrão
Então, sinto uma grande vontade de chorar
Ao ver a minha mãe aqui vindo me visitar
Aí ladrão, aqui é sua nova casa, 'morou?
Eu mando e você obedece
Se tiver inimigo, me avisa logo e vai pro 157
Paz, justiça e liberdade
A todos os presidiários do Brasil
Mãe, como vai lá em casa?
Como anda os manos da quebrada? (Da quebrada)
Diga pros mano que eu mandei lembrança
Dá um abraço bem forte nas crianças
Mãe, como vai lá em casa?
Como anda os manos da quebrada?
Diga pros mano que eu mandei lembrança
Dá um abraço bem forte nas crianças
Mãe, como anda lá em casa?
Como anda os meus parceiros da quebrada?
Como anda o Duda? Como anda o Flávio?
Como anda o Mi, e o Pixote e o Renato?
Como anda os manos de São Paulo?
Cadê o Kenno?
Se estão todos em paz, tá valendo
Ah, veja só como que é este lugar
Eu sinto cheiro de morte no ar
Aqui, raramente se fala de amor
Aqui, constantemente é puro sofrimento e dor
Desespero, ódio, vingança
Aqui não tem criança, nem me ligo nas lembranças
Um regime cruel interno
Pra dentro do muro, um verdadeiro inferno
Treta toda hora no meu pavilhão, seguro, não
Não é lugar de ladrão, não!
Sinto uma grande vontade de chorar
Ao ver a minha mãe aqui vindo me visitar
E não importa a hora e nem o lugar
Porque somente Jesus Cristo vai nos julgar
Mãe, como vai lá em casa?
Como anda os manos da quebrada? (Da quebrada)
Avisa pros mano que eu mandei lembrança
Dá um abraço bem forte nas crianças (aí, meu amigo)
Mãe, como vai lá em casa?
Como anda os manos da quebrada? (Da quebrada)
Avisa pros mano que eu mandei lembrança
Dá um abraço bem forte nas crianças
Meu filho vem correndo e me abraça
Eu já não contenho as lágrimas
Todo dia, na cela, eu mesmo digo (o quê?)
Mas parar de pensar, é impossível
Em liberdade, fugir deste lugar
Cadeia nunca mais, detenção? Nem pensar! (O quê?)
Lá em cima, fica a minha janela
A minha bíblia, a minha jeca (eu)
Eu devia ter pensado na hora
Agora é tarde, parceiro, é foda (eu)
Eu lá com revólver na mão, dentro da mansão
Cara a cara com a vítima, o patrão (então)
Meu parceiro se aproxima e fala
Senta o dedo sem dó, maluco, mete bala!
Cata o dinheiro e as joias que estão no cofre
Carro ligado lá fora e nóis sai no pinote
Tudo certo na sequência, tudo combinado
Plano bolado, tudo esquematizado
Cena trágica, correria
Imagina a minha agonia
Aí a reação, meus irmãos, eu nem pensei
Sangue frio até a alma, eu: Boom, atirei!
Veja só até que ponto que o dinheiro leva
Sinto na pele que agora a mão de Deus, pesa
Minha mãe, minha família, meu filho
Numa triste tarde de domingo
Sinto uma grande vontade de chorar
Ao ver a minha mãe aqui vindo me visitar
Ô, quantos irmão poderia estar conosco
Aqui, presenciando esse momento
Mas, infelizmente, estão lá
Nas cadeias, nos presídio, nos anexos
Mas nós estamos aqui e vamos representar
Nossos irmãos que 'tão lá
Vamo cantar com muita energia
Porque infelizmente, hoje é mais um dia de visita pro...
Ah, sinto uma grande vontade de chorar
Ao ver a minha mãe aqui vindo me visitar
Talvez, se eu tivesse pensado um pouco mais
Talvez, hoje eu não estaria atrás
De uma cela, de um pátio, de um presídio
Numa triste tarde de domingo
É foda, mano, você não sabe, é triste
Mas sobreviver em paz, aqui tem que ser firme
Veja as fotos penduradas na parede
De madrugada, quem deve, aqui treme
Chora e sofre, e pede pra não morrer
Na lei da cadeia, é matar ou morrer
Eu agradeço pela visita
Graças a Deus, ainda eu tenho família
Eu tenho uns conhecidos
(Eu) tenho uma pá de mano
Na rua, no presídio, uma pá de mano
15 anos pra puxar de detenção
Latrocínio na ficha de um ladrão
Então, sinto uma grande vontade de chorar
Ao ver a minha mãe aqui vindo me visitar
Aí ladrão, aqui é sua nova casa, 'morou?
Eu mando e você obedece
Se tiver inimigo, me avisa logo e vai pro 157
Paz, justiça e liberdade
A todos os presidiários do Brasil
Mãe, como vai lá em casa?
Como anda os manos da quebrada? (Da quebrada)
Diga pros mano que eu mandei lembrança
Dá um abraço bem forte nas crianças
Mãe, como vai lá em casa?
Como anda os manos da quebrada?
Diga pros mano que eu mandei lembrança
Dá um abraço bem forte nas crianças
Mãe, como anda lá em casa?
Como anda os meus parceiros da quebrada?
Como anda o Duda? Como anda o Flávio?
Como anda o Mi, e o Pixote e o Renato?
Como anda os manos de São Paulo?
Cadê o Kenno?
Se estão todos em paz, tá valendo
Ah, veja só como que é este lugar
Eu sinto cheiro de morte no ar
Aqui, raramente se fala de amor
Aqui, constantemente é puro sofrimento e dor
Desespero, ódio, vingança
Aqui não tem criança, nem me ligo nas lembranças
Um regime cruel interno
Pra dentro do muro, um verdadeiro inferno
Treta toda hora no meu pavilhão, seguro, não
Não é lugar de ladrão, não!
Sinto uma grande vontade de chorar
Ao ver a minha mãe aqui vindo me visitar
E não importa a hora e nem o lugar
Porque somente Jesus Cristo vai nos julgar
Mãe, como vai lá em casa?
Como anda os manos da quebrada? (Da quebrada)
Avisa pros mano que eu mandei lembrança
Dá um abraço bem forte nas crianças (aí, meu amigo)
Mãe, como vai lá em casa?
Como anda os manos da quebrada? (Da quebrada)
Avisa pros mano que eu mandei lembrança
Dá um abraço bem forte nas crianças
Meu filho vem correndo e me abraça
Eu já não contenho as lágrimas
Todo dia, na cela, eu mesmo digo (o quê?)
Mas parar de pensar, é impossível
Em liberdade, fugir deste lugar
Cadeia nunca mais, detenção? Nem pensar! (O quê?)
Lá em cima, fica a minha janela
A minha bíblia, a minha jeca (eu)
Eu devia ter pensado na hora
Agora é tarde, parceiro, é foda (eu)
Eu lá com revólver na mão, dentro da mansão
Cara a cara com a vítima, o patrão (então)
Meu parceiro se aproxima e fala
Senta o dedo sem dó, maluco, mete bala!
Cata o dinheiro e as joias que estão no cofre
Carro ligado lá fora e nóis sai no pinote
Tudo certo na sequência, tudo combinado
Plano bolado, tudo esquematizado
Cena trágica, correria
Imagina a minha agonia
Aí a reação, meus irmãos, eu nem pensei
Sangue frio até a alma, eu: Boom, atirei!
Veja só até que ponto que o dinheiro leva
Sinto na pele que agora a mão de Deus, pesa
Minha mãe, minha família, meu filho
Numa triste tarde de domingo
Sinto uma grande vontade de chorar
Ao ver a minha mãe aqui vindo me visitar
Credits
Writer(s): Douglas Aparecido De Oliveira
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