Latifúndio

Por falta de opção
É que eu trabalho todo dia
Há de provisão
Pro pão de cada dia
Não há o que dizer
Pra ninguém eu devo
É roça, é corpo cálido
O suor é vermelho
É roça, é corpo cálido
O suor é vermelho
É roça, é corpo cálido
O suor é vermelho

Quando o sol, a pino, bate no cachaço
Nessa hora eu penso
Meu Deus, o que faço?
O meu corpo geme, o tic tac é lento
Onde o piso não é meu
Mas que desalento!
Onde o piso não é meu
Mas que desalento!
Onde o piso não é meu
Mas que desalento!

Pudera eu
Ter minha terrinha
Ínfima, que seja!
Mas seria minha
É latifúndio sem sol
Sem rio, sem vinha
E um olhar estreito
De gente tão mesquinha
E um olhar estreito
De gente tão mesquinha
E um olhar estreito
De gente tão mesquinha



Credits
Writer(s): Juliano Mends
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