Cärlös

Há! Aqui esta você, maldito jovem do reggae
O que!?
Venha comigo para a delegacia, e isso é uma ordem!

Tudo errado, tudo torto
Sem metáfora, sem letra bonita
Deformado, desgraçado
Pela própria inquietação

O homem torto se desloca pela rua
E os ruídos do seu corpo vão formando circuitos
Ensurdece as pessoas a sua volta
E deixa turva a visão de onde deveria ser o rosto
Enterrado em escárnio da diária frustração
Ele esquece quem já foi e o que chama de futuro
Á margem de outro dia que se estampa por igual
Se assusta com passar dos anos sob o mesmo rótulo

Á fio
Ao vento



Credits
Writer(s): Gabriel Cândido
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