Luto
Toda história imperfeita ou perfeita
Tem uma visão de dois lados
O vilão que um dia foi herói
Se tornou um rebelde
E peitou o Estado
O menino buscava os seus sonhos
Mas infelizmente ele não era adequado
Dando rolê com os cria
A primeira marola
Degusta o primeiro baseado
Hoje em dia ele porta um fuzil
Seu vulgo estampado nas costas
Camisa de time
No pique galã de filme
Perfumes dos caros
Só bebe Whisky
Sua cara estampando
O Terror na mídia
Então vou lhe contar
A história do filme
Ele vai começar em
Três. dois. um.
Inimigo do estado
Me rotularam
Botaram a prêmio
A minha cabeça
Polícia vem no morro
Buscando seus alvos
Sua bala perdida
Acha só pele negra
Problema crônico
Aumenta o ódio
Vermes malditos
Empilhando corpos
Não parece óbvio?
Aumentam-se os óbitos
Em contra partida, morrem vários sonhos
Só mais um preto
Na sua estatística
Outro se vai
Pela sua arma fria
Cessando alegria
De várias famílias
Malditos ceifando até as criancinhas
Mudaram o foco
Da motivação
Vejo vários talentos
Virando vilão
Bateram no rádio
Tem operação
Então prepara os bicos
Pra recepção
Só chumbo grosso
Toma de novo
Se tenta piar
Vai passar mó sufoco
A tropa do moço
Só calibre grosso
Arsenal pesadão
Se tentar "cê" é louco
Meu AK de Ouro
Jesus Cristo que blindou
Solto na pista
Tô eu teu terror
Teu desenrolado vai ser no tambor
Hoje o andar de baixo
Ganhar morador
Mó fita louca
Essa vida "poca"
Levando embora
Amigos e família
Só choradeira
Natal e ano novo
Eu lembro da minha mãe
Minha eterna rainha
Eu fico puto
As vezes chateado
Coisas da vida
Eu tô sempre chapado
Muita injustiça
Com os meus aliados
Solta logo os meus manos privados
E é contra isso que eu luto...
Por toda mãe que um dia perdeu
O seu filho no vício das drogas
Luto, contra as crianças trampando
Lugar de vocês é estudando na escola
Luto, por todo homem que jamais sentiu no seu peito o sentimento amor
Luto, por toda mulher que nas mãos de um canalha já teve seu corpo marcado com a dor
Lembranças maltratam
E o coração dói
Feridas na alma
Que nem o próprio amor cobre
E é necessário que mude
E é contra toda essa porra
Que eu tô na luta
Que se foda o sistema
Não vem que eu tô puto
Revolta dos cria
Vamos tomar tudo
Sem desenrolado
E sem mimimi
Chega seus canalhas
Bala nesses putos
Extrapolaram a conta
Hoje ela chegou
Tu vai pagar ela
E com muitos juros
De igual pra igual
Levante as espadas
Vamos pra batalha
Contra toda injustiça no mundo
Que ergam-se as pontes
Que caiam-se os muros
Não quero saber dessa
Porra de R.I.P
Por todos vocês que morreram
Por dentro, deviam voar e ser livres
Favela não é classe bandida
Mas classe política
É a classe do crime
Que as noites daqui não piorem
Já chega de morte
Não queremos banho de sangue
Vivendo no inferno
Diabo de terno
Presidente é o termo
O câncer de tudo
Como acreditar que existe um conceito que há um Deus Justo!?
Se vejo no mundo uns tendo tão pouco, e outros que tem até muito
Não entendo isso me deixa confuso meu Deus
Se existe luz no fim do túnel
Nos deixe imune, aqueça a esperança
Nos guie em tuas mãos por caminhos de paz
Não queremos guerra, queremos ensino
A favela já não aguenta mais
Dona Zezé, eterna saudade Via Light de luto, descanse em paz
Contra todo olhar e qualquer preconceito, direcionado a nós
Contra todo canalha que ouse um dia tentar calar minha voz
Eu luto não me calarei covardes
Muita bala nesses putos
Sua caneta mata mais que meu fuzil
Taxado como o terror do Estado
Nas favelas sou caçado
Brota que o arrego é aço
Se cair um, levanta mil
Dia a dia nós na luta
Peita nós, que nós te "afunda"
Nós não foge do conflito
Nós é profissão perigo
Morador não aguenta mais
A favela só pede paz
Então rala seus mandados
Quem administra é nós.
Tem uma visão de dois lados
O vilão que um dia foi herói
Se tornou um rebelde
E peitou o Estado
O menino buscava os seus sonhos
Mas infelizmente ele não era adequado
Dando rolê com os cria
A primeira marola
Degusta o primeiro baseado
Hoje em dia ele porta um fuzil
Seu vulgo estampado nas costas
Camisa de time
No pique galã de filme
Perfumes dos caros
Só bebe Whisky
Sua cara estampando
O Terror na mídia
Então vou lhe contar
A história do filme
Ele vai começar em
Três. dois. um.
Inimigo do estado
Me rotularam
Botaram a prêmio
A minha cabeça
Polícia vem no morro
Buscando seus alvos
Sua bala perdida
Acha só pele negra
Problema crônico
Aumenta o ódio
Vermes malditos
Empilhando corpos
Não parece óbvio?
Aumentam-se os óbitos
Em contra partida, morrem vários sonhos
Só mais um preto
Na sua estatística
Outro se vai
Pela sua arma fria
Cessando alegria
De várias famílias
Malditos ceifando até as criancinhas
Mudaram o foco
Da motivação
Vejo vários talentos
Virando vilão
Bateram no rádio
Tem operação
Então prepara os bicos
Pra recepção
Só chumbo grosso
Toma de novo
Se tenta piar
Vai passar mó sufoco
A tropa do moço
Só calibre grosso
Arsenal pesadão
Se tentar "cê" é louco
Meu AK de Ouro
Jesus Cristo que blindou
Solto na pista
Tô eu teu terror
Teu desenrolado vai ser no tambor
Hoje o andar de baixo
Ganhar morador
Mó fita louca
Essa vida "poca"
Levando embora
Amigos e família
Só choradeira
Natal e ano novo
Eu lembro da minha mãe
Minha eterna rainha
Eu fico puto
As vezes chateado
Coisas da vida
Eu tô sempre chapado
Muita injustiça
Com os meus aliados
Solta logo os meus manos privados
E é contra isso que eu luto...
Por toda mãe que um dia perdeu
O seu filho no vício das drogas
Luto, contra as crianças trampando
Lugar de vocês é estudando na escola
Luto, por todo homem que jamais sentiu no seu peito o sentimento amor
Luto, por toda mulher que nas mãos de um canalha já teve seu corpo marcado com a dor
Lembranças maltratam
E o coração dói
Feridas na alma
Que nem o próprio amor cobre
E é necessário que mude
E é contra toda essa porra
Que eu tô na luta
Que se foda o sistema
Não vem que eu tô puto
Revolta dos cria
Vamos tomar tudo
Sem desenrolado
E sem mimimi
Chega seus canalhas
Bala nesses putos
Extrapolaram a conta
Hoje ela chegou
Tu vai pagar ela
E com muitos juros
De igual pra igual
Levante as espadas
Vamos pra batalha
Contra toda injustiça no mundo
Que ergam-se as pontes
Que caiam-se os muros
Não quero saber dessa
Porra de R.I.P
Por todos vocês que morreram
Por dentro, deviam voar e ser livres
Favela não é classe bandida
Mas classe política
É a classe do crime
Que as noites daqui não piorem
Já chega de morte
Não queremos banho de sangue
Vivendo no inferno
Diabo de terno
Presidente é o termo
O câncer de tudo
Como acreditar que existe um conceito que há um Deus Justo!?
Se vejo no mundo uns tendo tão pouco, e outros que tem até muito
Não entendo isso me deixa confuso meu Deus
Se existe luz no fim do túnel
Nos deixe imune, aqueça a esperança
Nos guie em tuas mãos por caminhos de paz
Não queremos guerra, queremos ensino
A favela já não aguenta mais
Dona Zezé, eterna saudade Via Light de luto, descanse em paz
Contra todo olhar e qualquer preconceito, direcionado a nós
Contra todo canalha que ouse um dia tentar calar minha voz
Eu luto não me calarei covardes
Muita bala nesses putos
Sua caneta mata mais que meu fuzil
Taxado como o terror do Estado
Nas favelas sou caçado
Brota que o arrego é aço
Se cair um, levanta mil
Dia a dia nós na luta
Peita nós, que nós te "afunda"
Nós não foge do conflito
Nós é profissão perigo
Morador não aguenta mais
A favela só pede paz
Então rala seus mandados
Quem administra é nós.
Credits
Writer(s): Daniel De Souza
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