Sociedade dos Poetas Marginais

Sociedade dos Poetas Marginais
Poetas Marginais
Muitos aqui crescem sem pais
No duplo sentido, Anarquia é o mínimo
Vim mostrar o que um peão pode fazer com um rei
Ou com o verme do seu filho
Trappers que conhecem só o trafego pago
Só entra em comunidade se volta o Orkut
Mano tu não me ilude, quem manja de receita
Não crê muito em pornfood, cheira a lifestyle fake
Não peguei essa visão olhando os olhos de Sartre
Lírico mas decorar nunca fez parte
O debate é um principio holistico
Meus sentimentos vibram como um graffitii
Mas minhas linhas são mais para o pixo
Eu já falei sua mente é minha escalada
E eu percebo que cê tá meio afoito
Um conselho: melhor voltar pra casa
Arte Marginal manipulando sílabas
Sem manipular o povo como o sila faz
Rap sem tempero, ausente de ideais
Se o jogo é Xadrez, eu dou fuga de Alcatraz e fui

A-L-F-Ã-O
A-L-F-Ã-O
A-L-F-Ã-O
A-L-F-Ã-O
Centro hoje é Babilônia, maior onda, pandemia
E eu com minha bicipreta 11 e pouca, que agonia
Deixando preocupada toda minha família
Minha mãe não entendia que eu preciso vivenciar
Minha carreira é das curta mermo assim ainda agita
Deus tá na frente sempre ele não joga só apita
Você só fala merda boca é cu pede tabica
Hoje prelas é prêmio estar sentando na minha pica
Tomei de volta a força o que eu sempre merecia
Sonho acordar herdeiro manter minhas regalia
Comer o que quiser, viajar, poder acordar meidia
Todo preto merece vida boa na teoria
Cero eu reclamo de que se eu nasci aqui em Salvador
É 5 mortadela no pão que o diabo amassou
Padeiro do inferno o legado é de família
Tá no sangue desde antes doz avô de meus avô
Que a havaiana branca, a baiana é preta
Acarajé, dendê, crente você não tem a receita
Tô de corpo fechado sem sinal nem 4g
Num gosto vá se fuder
Seu remédio é o tempo quem receita
Se a arte fosse gente era bala na cara, dela
Nem sempre quem quer sumir por um tempo a cara vela
Rezas não me adiantam se tô duro e é cara a vela
O que me resta é guerra antes que eu tenha a cara velha

Botei a cabeça no lugar
Com coragem, madruga e beat
Dessa noite não passa sem explorar meu limite
Dub Dolemite is my name and fucking up motherfuckers is my game shit
Avisei à Romário, uma coisa é certa primo
Vou voltar aí com um Jetta 2.5
Pra quem saiu contrariado numa bike prateada
Que pelo caminho foi roubada é o mínimo
De mão e mente cheia, nêgo irei convicto
É o típico motivo de quem sai da lama e vira ídolo
Mas vai demorar um pouco, eu sei que vai
Base firme pro vento bater e não cair
Eu só preciso de um boombap em São Paulo
Pra poder quadriplicar meu salário
Eu gero renda, eu sou o dobro do Estado
Têm dias que eu me sinto cansado
A falta de vivência tem me afetado e me afastado dos fardados
Foda-se, esmiuçando cartas
Lembrando que futuro me descartas
Nós já trocamos farpas
Mas já nos entendemos, murro em ponta de faca
Sem saudosismo mas nunca mais uma bala na cara
Tem quem faz mizera e só tem conta cancelada
Estragaram a cena, toda desconfigurada
Tem filadaputa que nem pode sair de casa
É tanto ódio na minha mente
Nem quero nome na faixa
DUB!
Qual é meu nome?

Coringa
Dubzoro
Alfão



Credits
Writer(s): Matheus Da Camara Oliveira, Elton Luiz Cerqueira Macedo, Thiago Costa Damasceno
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