Guido Brunini

A morte cedo bateu em sua porta
O fio da vida se corta
Sem milagre antes do adeus
Lhe disseram é castigo de Deus
Deus lhe ama não tem praga alguma
Conta as bênçãos de uma a uma
Mas um monte de nome fei'
De pecado e até peste gay
Ele esconde da vergonha nua
Sua voz é uma memória muda
No porão ficam as sub-vidas
Sem a luz, para serem esquecidas

E é muito fácil, fácil simplesmente esquecer

Deixar pra lá, pois afinal não é você

Pararappapa

Sentei no banco da igreja e a cantora

Falou de uma tal maldição
Que eu carrego essa culpa
Parce malafaização
O preconceito tenta definir
Rotular, dizer que não vai vir
Sua saúde vai ser como todos
Mas ainda terão um medo bobo
Cantador de histórias, Cazuzas
Numa capa com a foto muda
Mas eu sei que isso não me define
Nem a mim, nem o Guido Brunini
E é muito fácil, fácil simplesmente
Esquecer
Deixar pra lá, pois afinal não é você

No paraíso até serpente pode falar

Mas nesse inferno nosso só convem calar

E é muito fácil, fácil simplesmente esquecer

Deixar pra lá, pois afinal não é você

No paraíso até serpente pode falar

Mas nesse inferno nosso só convem calar



Credits
Writer(s): Sávio Silva De Oliveira
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