Dia de Graça / Luz de Verão

Negro, acorda, é hora de acordar
Não negue a raça
Torne toda manhã um dia de graça
Negro, não humilhe
Nem se humilhe a ninguém
Todas as raças já foram escravas também

E deixa de ser rei só na folia
E faça da sua Maria, uma rainha todos os dias
E cante um samba na universidade
E verás que seu filho será príncipe de verdade
Aí então

E aí então
Jamais tu voltarás ao barracão, ó meu irmão
E aí então
Jamais tu voltarás ao barracão

Negro, acorda, é hora de acordar
Não negue a raça
Torne toda manhã um dia de graça
Negro, não humilhe
Nem se humilhe a ninguém
Todas as raças já foram escravas também

E deixa de ser rei só na folia
E faça da sua Maria, uma rainha todos os dias
E cante o samba na universidade
E verás que seu filho será príncipe de verdade
E aí então

E aí então
Jamais tu voltarás ao barracão, ó meu irmão
E aí então
Jamais tu voltarás ao barracão

Não, o surdo não disse fim
Com a marcação
Sambas são pés que passam fecundando o chão
Chamas da profissão, aí não

Não, o surdo não disse fim
Com a marcação
Sambas são pés que passam fecundando o chão
Chamas da profissão

Ruas prenunciando, enfim
Luz de verão
Povo entrincheirado em favos de algodão
No punho, um violão

Bradam os tamborins
Ressoam com os chorões
Na atividade sopra, nascendo o cidadão
O ventre desta canção

Vem saciar o clamor de fim das poesias
E faz do tempo um botequim
Eternizando-os em cada samba que cantar
Não estamos sós, ouvi entoar melodia

Quem sabe, uma multidão
A utopia vai brindar, quem sabe
Quem sabe, uma multidão
A utopia vai brindar, quem sabe



Credits
Writer(s): Marquinhos De Oswaldo Cruz
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