Cantar Amor

Maçã dura de roer
Que hei de apregoar
Se à porta já me bateu
Mas nem convidei a entrar

Insistiu mas neguei
Não fosse humano errar
Outrora sim falhei
Hoje quero-me inspirar

E cantar o intemporal
A todos tão bonito
Uma metade de alma
E não um coração partido

Peço um amor de verão
Para as quatro estações
Não pela companhia
Mas para lhe escrever canções

Posso constatar
Que só a noite me conforta
Faz-me imaginar
Que ele me tornou a bater a porta

Sonhei cantar amor
Ser um cavaleiro andante
Entre as damas do condado
Era a minha a mais deslumbrante

Tinha olhos verdes
E era linda a sorrir
Comigo ela acordava
E sem mim não ia dormir

Ouvi a campainha
E tombei do animal
Acordei sobressaltado
E já tudo estava mal

Nem o lusitano, nem condado, nem donzela
Só um parvo deitado em lençóis de flanela

Oh meu príncipe encantado
E porquê acordar?
Se à noite a lua brilha
E o sol vem incomodar

Iludimo-nos aqui
Profundo falso amar
Assim tuas canções
Eu posso admirar

E ouvir o intemporal
Ao meu coração um hino
A ponte de platónico
Para o amor genuíno

Peço então que não te vás
Que não toque a campainha
E tua canção de amor
Seja para sempre minha

Posso constatar que vou assumir a derrota
Tive de deixar-te porque alguém bateu à porta

Sonhei cantar amor
Ser um cavaleiro andante
Entre as damas do condado
Era a minha a mais deslumbrante

Tinha olhos verdes
E era linda a sorrir
Comigo ela acordava
E sem mim não ia dormir

Ouvi a campainha
E tombei do animal
Acordei sobressaltado
E já tudo estava mal

Nem o lusitano, nem condado, nem donzela
Só um parvo deitado em lençóis de flanela

Estou desesperada
Pouco posso prometer
Fica não perdes nada
Que posso eu fazer

Não tem de ser assim
Este é o nosso fado
Se o sonho não tiver fim
Ou eu sonhar acordado



Credits
Writer(s): Francisco Correia
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