revés

Dois mil dias atrás, na flor da idade
Quase nada eu sabia
Perdido em seus sinais, suas jogadas com o que eu sentia
E eu me perguntava
"O que será que vem à sua mente
Quando ouve o meu nome?"
Suas cartas na manga, eu sabia
E você pensava que eu não podia ver

Tão admirável, tão polido
Mas com um ego gigante
Segurança abalada
Autoafirmação a todo instante
Até que eu percebi
O que você sempre dizia
Ao mencionarem meu nome
E era meio uma obsessão
Uma atração recalcada
Que me levava a crer

Uh alguém me ama e não sabe
Me ama e não sabe como apenas dizer
Uh alguém me ama e não sabe
Me ama e não sabe como apenas... dizer

Passos rumo ao pátio
Agir naturalmente era o que eu tentava
Seus amigos idiotas me encaravam sempre que ali eu pisava
Mas com o tempo eu aprendi
Como fazer um babaca engolir suas piadas
O problema não era eu
Era seu eros gritando
Sem poder escapar

Uh alguém me ama e não sabe
Me ama e não sabe como apenas dizer
Uh alguém me ama e não sabe
Me ama e não sabe como apenas... dizer

Final de semestre
No estacionamento eu lia o seu olhar
Foi só uma carona
Mas sua intenção era apenas me testar
Silêncio no carro
Tão desconcertado ouvindo o seu pensar
Eu te beijaria, mas já era tarde
Pra eu me entregar

Mas agora eu entendo
Sua frustração, seus conflitos
Com seus próprios dilemas
Eu era livre e não sabia
E isso era o bastante
Pra te incomodar

Uh por que me olhava nos olhos
Depois se afastava pra cuspir o meu nome
Uh por que me olhava nos olhos
Depois se afastava pra cuspir... meu nome

Dois mil dias depois, olho pra trás
Te vejo e ainda acho graça
Sua pedância, sua pose narcisista eram nossa piada
E eu não iria deixar passar
Pois tenho sangue nos olhos
E ascendente em Câncer
Minhas cartas na mesa
Agora você vê por que eu
Não tenho mais nada a esconder

Uh alguém me olhava nos olhos
Me amava e não sabia como dizer
Uh alguém me olhava nos olhos
Me amava e não sabia como... dizer



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