Nada É Mais Como Antigamente
Final feliz eu sempre quis
Um carango, uma goma, paz e uma vida feliz
Bem humilde, esquecido como toda a quebrada
Um detento, informação, um cadáver
As coisas boas não foram ensinadas
Ninguém é santo
Mas também não tem demônio aqui, morô'?
Se tem dois 157, 121
Ou se atiro na cabeça do boy
É só o fruto da semente que o Brasil plantou
Desde pivete, choque no DP
Polícia, barulho de tiro, cadáver no chão
Com miolo em volta
E tiazinha gritando: Ajuda meu filho!
Ninguém nunca respeitou nossos direitos
Deram crack, uma glock e 22 de pente cheio
A mesma que usam pra roubar o seu Rolex no sinal
Ou a mesma do assalto a banco
Que passa batida pelo seu detector de metal
Em Alphaville é piscina
Escola particular e vigia na guarita
Aqui é sangue e algema no pulso
Professor na escola de 15 em 15 dias
Tem Ingram M10, Colt, Taurus, Bereta
Pra defunto embaixo do jornal tá aqui a receita
O Brasil dá o revolver, põe no seu cachimbo
Uma pedra e adiciona a cinza, depois um, dois, três, pá
Mais um caixão na coleção da polícia
Cansei de ver meus manos indo nessa
(Virando história que...)
Dez a zero pro crack, é um pra cada guerra
Da lâmina do gilete, a chama alta do isqueiro
Conscientização é gerada, vira fumaça qualquer conselho
Pacto com o demônio já registrei, tô saindo fora
Não quero luto na minha família
Ainda mais por ponto de droga
Eu nem me ligo nessa, más lembrança do crack
(A casa caiu, Dum-Dum, logo o Denarc)
Não sei mais quem é quem
Não reconheço meu manos
Por pouco trocando tiro entre si
Penhorando a roupa do corpo
Ouvir meu mano me pedindo pelo amor de deus
Uma intera pro crack, sai andando, o quê que aconteceu?
Tem algo errado aqui, não é mais como antigamente
Agora é crack, polícia, enterro, infelizmente
Tem algo errado aqui, não é mais como antigamente
Tem algo errado aqui, não é mais como antigamente
Tem algo errado aqui, não é mais como antigamente
Tem algo errado aqui, não é mais como antigamente
Eu tô falando aqui também, da parte mais fod-
Aonde vale muito o crack e nada a sua vida
Do lado das cadeias, do lado da cocaína
Mano preso, artigo 12, maldita rotina
A cada esquina, um Opalão preto e branco
Só ganhando a lança
Investigador de ganso, há mais de uma semana
Sonhando com seu sangue
Querendo te ver na maca do hospital
Querendo sua mãe reconhecendo seu corpo
No Instituto Médico Legal
Mais opressão, sirene, carro derrapando
Revólver engatilhado
Coronhada na cara do traficante
O crack permanece lá, enquadro após enquadro
Levando sua jaqueta, seu tênis, seu dinheiro
Tirando sua família e te dando uma cela
Ou flores no seu enterro
Tá no shopping, na faculdade, na mansão
Só que lá ninguém derruba porta, abre TV
Não tem tiro no peito, não tem detenção
A 12 do PM só explode a cabeça do traficante da favela
O boy que traz de avião não sangra no chão da periferia
E nem se mata por centímetros de cela
Tanto velório, tanto tiro, tanta morte em vão
Tanto gambé que se promove matando ladrão
Eu me lembrei das famílias, eu me lembrei dos manos
Sangue no olho, enfim, e de que jeito estavam terminando
Dando motivo pra essa- de polícia maldita
Zona Norte, Sul, Leste, Oeste, periferia
Tô com vocês e tal, mano Mild, Eduardo
Só que a pampa do veneno bem distante do prato
Não quero a Duda, a Pa, a Gabi no meu velório
Pro- de farinha eu não assino meu atestado de óbito
Dispensa esse papel, destrói esse cachimbo
Se valorize, mano, segure o seu artigo
Sem essa de cocaína, sai essa de crack
Bem longe na rota e Denarque
Tem algo errado aqui, não é mais como antigamente
Agora é crack, polícia, enterro, infelizmente
Tem algo errado aqui, não é mais como antigamente
Tem algo errado aqui, não é mais como antigamente
Tem algo errado aqui, não é mais como antigamente
Tem algo errado aqui, não é mais como antigamente
Um carango, uma goma, paz e uma vida feliz
Bem humilde, esquecido como toda a quebrada
Um detento, informação, um cadáver
As coisas boas não foram ensinadas
Ninguém é santo
Mas também não tem demônio aqui, morô'?
Se tem dois 157, 121
Ou se atiro na cabeça do boy
É só o fruto da semente que o Brasil plantou
Desde pivete, choque no DP
Polícia, barulho de tiro, cadáver no chão
Com miolo em volta
E tiazinha gritando: Ajuda meu filho!
Ninguém nunca respeitou nossos direitos
Deram crack, uma glock e 22 de pente cheio
A mesma que usam pra roubar o seu Rolex no sinal
Ou a mesma do assalto a banco
Que passa batida pelo seu detector de metal
Em Alphaville é piscina
Escola particular e vigia na guarita
Aqui é sangue e algema no pulso
Professor na escola de 15 em 15 dias
Tem Ingram M10, Colt, Taurus, Bereta
Pra defunto embaixo do jornal tá aqui a receita
O Brasil dá o revolver, põe no seu cachimbo
Uma pedra e adiciona a cinza, depois um, dois, três, pá
Mais um caixão na coleção da polícia
Cansei de ver meus manos indo nessa
(Virando história que...)
Dez a zero pro crack, é um pra cada guerra
Da lâmina do gilete, a chama alta do isqueiro
Conscientização é gerada, vira fumaça qualquer conselho
Pacto com o demônio já registrei, tô saindo fora
Não quero luto na minha família
Ainda mais por ponto de droga
Eu nem me ligo nessa, más lembrança do crack
(A casa caiu, Dum-Dum, logo o Denarc)
Não sei mais quem é quem
Não reconheço meu manos
Por pouco trocando tiro entre si
Penhorando a roupa do corpo
Ouvir meu mano me pedindo pelo amor de deus
Uma intera pro crack, sai andando, o quê que aconteceu?
Tem algo errado aqui, não é mais como antigamente
Agora é crack, polícia, enterro, infelizmente
Tem algo errado aqui, não é mais como antigamente
Tem algo errado aqui, não é mais como antigamente
Tem algo errado aqui, não é mais como antigamente
Tem algo errado aqui, não é mais como antigamente
Eu tô falando aqui também, da parte mais fod-
Aonde vale muito o crack e nada a sua vida
Do lado das cadeias, do lado da cocaína
Mano preso, artigo 12, maldita rotina
A cada esquina, um Opalão preto e branco
Só ganhando a lança
Investigador de ganso, há mais de uma semana
Sonhando com seu sangue
Querendo te ver na maca do hospital
Querendo sua mãe reconhecendo seu corpo
No Instituto Médico Legal
Mais opressão, sirene, carro derrapando
Revólver engatilhado
Coronhada na cara do traficante
O crack permanece lá, enquadro após enquadro
Levando sua jaqueta, seu tênis, seu dinheiro
Tirando sua família e te dando uma cela
Ou flores no seu enterro
Tá no shopping, na faculdade, na mansão
Só que lá ninguém derruba porta, abre TV
Não tem tiro no peito, não tem detenção
A 12 do PM só explode a cabeça do traficante da favela
O boy que traz de avião não sangra no chão da periferia
E nem se mata por centímetros de cela
Tanto velório, tanto tiro, tanta morte em vão
Tanto gambé que se promove matando ladrão
Eu me lembrei das famílias, eu me lembrei dos manos
Sangue no olho, enfim, e de que jeito estavam terminando
Dando motivo pra essa- de polícia maldita
Zona Norte, Sul, Leste, Oeste, periferia
Tô com vocês e tal, mano Mild, Eduardo
Só que a pampa do veneno bem distante do prato
Não quero a Duda, a Pa, a Gabi no meu velório
Pro- de farinha eu não assino meu atestado de óbito
Dispensa esse papel, destrói esse cachimbo
Se valorize, mano, segure o seu artigo
Sem essa de cocaína, sai essa de crack
Bem longe na rota e Denarque
Tem algo errado aqui, não é mais como antigamente
Agora é crack, polícia, enterro, infelizmente
Tem algo errado aqui, não é mais como antigamente
Tem algo errado aqui, não é mais como antigamente
Tem algo errado aqui, não é mais como antigamente
Tem algo errado aqui, não é mais como antigamente
Credits
Writer(s): Eduardo Taddeo
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