Corvos

Por mais que se atirem
Os corvos não caem
Duas, três pedras
Quantas na mão cabem
Por mais que os atraia
Não chegam à poça
Só chegam com o bico
Ao néctar das rosas
Logo voa petróleo
Nesta noite tardia
Na praia, nos presos
Batia água fria
E a cada gemido
Ouvia-se alguém a rir
O riso nervoso
De quem vai a seguir

E acordas a tremer de frio
Agarrado à corda ouves o rasgar de cada fio
O sisal é forte, mas talvez
Não seja forte aquilo em que crês

E acordas a tremer de frio
Agarrado à corda ouves o rasgar de cada fio
O sisal é forte, mas talvez
Não seja forte aquilo em que crês

Voltando aos sussurros dos encarcerados
Que levam com o vento nos seus pés molhados
Em cima da falésia ele vai fazendo a lista
Gozando e aproveitando a boa vista



Credits
Writer(s): Lucas Calheiros
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