Forró Violento

Jorrava sangue no couro
Ela gritava: Socorro
Será que é hoje que eu morro?
Nem consegui despedir do meu rebento na barriga
O carro corre, e ele grita
Calma Bia, não duvida, a gente vai sair daqui

Um homem e uma mulher
Num banco branco de um opala
Do volante ele tentava
Quase que sem sorte acalmá-la

Uma bala transpassou seu corpo na barriga
E ela gemia de dor
Pedindo a Deus pela vida de sua filha

Dois brasileiros e um bebê no ventre
Um roubo que terminaria em tragédia
Como quase sempre
Mais um sonho de criar uma família, amassado
Do banco sujo, ela relembra meses no passado

Beatriz, tomou barriga de José Pilantra, seu amor
Zé chorou: como é que eu vou cuidar?
Não vou pôr criança pra sofrer
Filho meu, fome não vai passar

Com duas pistolas e cansaço
Entraram no banco da Sé
Mandaram colocar no saco
Todo o dinheiro que tiver
Beatriz nem viu a bala entrar

Jorrava sangue no couro
Ela gritava: Socorro
Será que é hoje que eu morro?
Nem consegui despedir do meu rebento na barriga
O carro corre, e ele grita
Calma Bia, não duvida, a gente vai sair daqui

Um homem e uma mulher
Num banco branco de um opala
Do volante ele tentava
Quase que sem sorte acalmá-la

Uma bala transpassou seu corpo na barriga
E ela gemia de dor
Pedindo a Deus pela vida de sua filha



Credits
Writer(s): Rubel Brisolla Rodrigues
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