Silêncio
Voltar a ouvir o silêncio
A ouvir o silêncio
A ouvir o silêncio
Voltar a ouvir o silêncio
A ouvir o silêncio
A ouvir o silêncio
Eu queria ser a cria que ia libertar o mundo
A lâmpada que acende e te guiar no escuro
Há tanta máquina que tende a incentivar o fumo
Eu queria incendiar o sumo, motivar o puro
Motivado por essa mensagem de Mandela e de Tupac Shakur
Essa mensagem de Valete e de Bashar desde o
Tempo em que eu era puto
Tempo em que eu era tudo
Eu lembro me de ter a culpa, ela sorrir para mim
Antes de ter um puto, antes de ter jardim
Antes da mulher dos meus sonhos o gerar p'ra mim
Antes de ter a fama que trouxe aqui
Ma nigga bem antes de eu rejeitar o doce
E o cigarro se tornar a solução depois de almoço
Eu vivia com ela dentro no meu calabouço
Doce mente quem lá colocou a semente tinha-me no bolso
Se calhar sim
Se calhar a culpa vem da terra onde eu nasci
Se calhar esta cultura fez-me ser assim
Tristeza que trago foi de vós que recebi
Eles diziam que eu devia eu não devia ser
Que eu nasci pecador e pequenez vou ter
Eu desconfio de homens que interpretam obras
E acreditam em entender de alguma forma como pensa Deus
O credo é uma oração ou um interrogatório?
Eu fiz da confissão o meu laboratório
Queriam perdoar eu já não guardo ódio
Vejo o céu e a terra a palpitar dentro de cada homem
Eu nunca vi milagre como nesse dia
Dentro da sala de parto o que acontece fica
A tudo o que existisse eu já rezava e no final
Era só paz mesmo que a data anoitecesse fria
Tenho andado à procura do culpado
Da tristeza que trago
Disparei 'pa todo o lado resta o autor dos disparos
Diz-me de quem é a culpa agora que eu não 'tou feliz
Arma apontada à nuca à procura da cicatriz
Pai comprou liberdade a trabalhar sem causa
Tudo 'pa me dar tudo o que eu precisava
A mim nunca me faltou nada, comida até colégio e uma casa
Pensão que eu raramente aproveitava por tudo o que me foi dado
Nasci já me sentia culpado
Nem merecia fazer o que eu faço
De agosto até agosto eu vivo tão abençoado
E essa culpa toda agora virou obrigado eu só quero
Voltar a ouvir o silêncio
A ouvir o silêncio
A ouvir o silêncio
Voltar a ouvir o silêncio
A ouvir o silêncio
A ouvir o silêncio
A ouvir o silêncio
Voltar
Estás aqui pá?
Não estás nada
É o sossego absoluto
A ouvir o silêncio
A ouvir o silêncio
Voltar a ouvir o silêncio
A ouvir o silêncio
A ouvir o silêncio
Eu queria ser a cria que ia libertar o mundo
A lâmpada que acende e te guiar no escuro
Há tanta máquina que tende a incentivar o fumo
Eu queria incendiar o sumo, motivar o puro
Motivado por essa mensagem de Mandela e de Tupac Shakur
Essa mensagem de Valete e de Bashar desde o
Tempo em que eu era puto
Tempo em que eu era tudo
Eu lembro me de ter a culpa, ela sorrir para mim
Antes de ter um puto, antes de ter jardim
Antes da mulher dos meus sonhos o gerar p'ra mim
Antes de ter a fama que trouxe aqui
Ma nigga bem antes de eu rejeitar o doce
E o cigarro se tornar a solução depois de almoço
Eu vivia com ela dentro no meu calabouço
Doce mente quem lá colocou a semente tinha-me no bolso
Se calhar sim
Se calhar a culpa vem da terra onde eu nasci
Se calhar esta cultura fez-me ser assim
Tristeza que trago foi de vós que recebi
Eles diziam que eu devia eu não devia ser
Que eu nasci pecador e pequenez vou ter
Eu desconfio de homens que interpretam obras
E acreditam em entender de alguma forma como pensa Deus
O credo é uma oração ou um interrogatório?
Eu fiz da confissão o meu laboratório
Queriam perdoar eu já não guardo ódio
Vejo o céu e a terra a palpitar dentro de cada homem
Eu nunca vi milagre como nesse dia
Dentro da sala de parto o que acontece fica
A tudo o que existisse eu já rezava e no final
Era só paz mesmo que a data anoitecesse fria
Tenho andado à procura do culpado
Da tristeza que trago
Disparei 'pa todo o lado resta o autor dos disparos
Diz-me de quem é a culpa agora que eu não 'tou feliz
Arma apontada à nuca à procura da cicatriz
Pai comprou liberdade a trabalhar sem causa
Tudo 'pa me dar tudo o que eu precisava
A mim nunca me faltou nada, comida até colégio e uma casa
Pensão que eu raramente aproveitava por tudo o que me foi dado
Nasci já me sentia culpado
Nem merecia fazer o que eu faço
De agosto até agosto eu vivo tão abençoado
E essa culpa toda agora virou obrigado eu só quero
Voltar a ouvir o silêncio
A ouvir o silêncio
A ouvir o silêncio
Voltar a ouvir o silêncio
A ouvir o silêncio
A ouvir o silêncio
A ouvir o silêncio
Voltar
Estás aqui pá?
Não estás nada
É o sossego absoluto
Credits
Writer(s): João Coelho, Luís Fafe
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