Tossë
Diretamente dos galpões empoeirados de uma fábrica desconhecida
Sem nome, sem endereço
Tal qual a casa muito engraçada
Acompanhamos nosso herói em mais uma jornada de 8 horas de trabalho, 4 de transporte
E 15 minutos contados de almoço
Por debaixo das rugas em suas mãos que beiram a atrofia
Mantem o ritmo de produção sob o olhar de seu senhorio
Nosso produto terá um sorriso estampado
E levara felicidade a todos
Menos a quem o produz
Tosse tosse o homem
E tampa sua boca
E come a janta, fala
Enquanto fala, olha o olho da filhinha
Filhinha que brinca com cabeça de plastico
Da boneca do mercado
Que a mae deu pra ficar quieta
Mamãe nao aguenta mais trabalho
Limpa quarto limpa prato e o dinheiro ta escasso
Tem que comprar mais e dinheiro ja ta magri
Na volta do mercado ela compra bonequinha
Que cala a filhinha de chorar quando não tem o que quer, quando não tem o que falar
Fala o preço a moça do caixa, mas metade desse preço ela nunca nem vai ver
Tal qual toda historia que se preze
Nosso conto tem duas histórias paralelas
Que se cruzam no apice do roteiro
Dos dois polos temos duas famílias comuns e felizes
Ao olhar de qualquer um que não esteja a sentindo na pele
A mãe em casa cuida dos filhos
Que correm felizes esperando o papai chegar de mais um dia arduo
Pela porta entra um pai que produz sem nem saber pra quem vende
E um que compra sem nem saber quem fez
Mamãe ta contando as moedas
Gás ta caro
E o papai não consegue mais fazer hora extra
Pensa então aonde foi que ela errou
E como seria perfeito se ela quem pudesse comprar uma boneca
Tosse tosse o homem
E limpa a boca
Não tem força pra jantar e não consegue mais dormir
Não tem paciência pra filhinha
Que ja ta crescidinha pra marmanjo ir cuidar
Tosse tosse o homem
E limpa a boca
Não tem força pra jantar e não consegue mais dormir
Não tem paciência pra filhinha
Que ja ta crescidinha pra marmanjo ir cuidar
Não tem mais
Não é mais
Sem nome, sem endereço
Tal qual a casa muito engraçada
Acompanhamos nosso herói em mais uma jornada de 8 horas de trabalho, 4 de transporte
E 15 minutos contados de almoço
Por debaixo das rugas em suas mãos que beiram a atrofia
Mantem o ritmo de produção sob o olhar de seu senhorio
Nosso produto terá um sorriso estampado
E levara felicidade a todos
Menos a quem o produz
Tosse tosse o homem
E tampa sua boca
E come a janta, fala
Enquanto fala, olha o olho da filhinha
Filhinha que brinca com cabeça de plastico
Da boneca do mercado
Que a mae deu pra ficar quieta
Mamãe nao aguenta mais trabalho
Limpa quarto limpa prato e o dinheiro ta escasso
Tem que comprar mais e dinheiro ja ta magri
Na volta do mercado ela compra bonequinha
Que cala a filhinha de chorar quando não tem o que quer, quando não tem o que falar
Fala o preço a moça do caixa, mas metade desse preço ela nunca nem vai ver
Tal qual toda historia que se preze
Nosso conto tem duas histórias paralelas
Que se cruzam no apice do roteiro
Dos dois polos temos duas famílias comuns e felizes
Ao olhar de qualquer um que não esteja a sentindo na pele
A mãe em casa cuida dos filhos
Que correm felizes esperando o papai chegar de mais um dia arduo
Pela porta entra um pai que produz sem nem saber pra quem vende
E um que compra sem nem saber quem fez
Mamãe ta contando as moedas
Gás ta caro
E o papai não consegue mais fazer hora extra
Pensa então aonde foi que ela errou
E como seria perfeito se ela quem pudesse comprar uma boneca
Tosse tosse o homem
E limpa a boca
Não tem força pra jantar e não consegue mais dormir
Não tem paciência pra filhinha
Que ja ta crescidinha pra marmanjo ir cuidar
Tosse tosse o homem
E limpa a boca
Não tem força pra jantar e não consegue mais dormir
Não tem paciência pra filhinha
Que ja ta crescidinha pra marmanjo ir cuidar
Não tem mais
Não é mais
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