O cavaleiro e os moinhos

Acreditar na existência dourada do sol
Mesmo que em plena boca nos bata o açoite
Contínuo da noite

Arrebentar a corrente que envolve o amanhã
Despertar as espadas
Varrer as esfinges das encruzilhadas

Todo esse tempo foi igual a dormir num navio
Sem fazer movimento
Mas tecendo o fio da água e do vento
Eu, baderneiro, me tornei cavaleiro
Malandramente pelos caminhos

Meu companheiro tá armado até os dentes
Já não há mais moinhos como os de antigamente



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