Corpo Fechado
não tenho
lentes pretas
cânon
mas também
não uso máscaras,
Fanon
Corpo Fechado como Bruce Willis
Fragmentado como Billy Milligan
Yeah man
Conceitual é só Hélio Oiticica
Trazendo fuego feito o povo Yagan
E a gangue acende a baga pra ver qual que fica
Vai ficar feio se trocar com meu clã
Escorre nosso sangue em Aparecida
Mas na revista no Marista eles não agem igual bandi
Tonalidade em nada influencia
Mas o alvo que polícia mata e eles catam pelo tom né
Trafica boy que é filho da burguesia
Virou um detalhe e jornal saiu que era estudante
Os crentes votam e tipo invocam o Satam
Eu gingo fácil, mas sem ser o Sotam
Fazendo arte dou fuga dos "rocam"
Se o beat bate já pode ligar a can
Da época que o Jão tinha uma Canon
E nóz ouvia Sabotage Maestro do Canão
Ah não... Eu vim mais ácido nessa que lemon
Eu sou Sileno e venci lendo esse seu deus Mamon
Se fez a curva não tá uma uva não
Da BR pra cá filhão não vai tá mamão
Que o crime dá, mas toma com as duas mãos
Eu do o toque não vim pra dá sermão
Escrevo pra tratar a ferida
Chaga colonial do estado homicida
Claro que eu plano à margem: eu trago essas perifas
Que nas maternidades querem privar a vida
No cárcere privado a grande maioria
Um cenário marcado em doses de aporia
Abutres e algozes voam em euforia
E a carne mais barata é o filho da Maria
Entre a Necropolítica e a Filosofia
Não descobri Mbembe ouvi umas historinhas
De branco euroupeu que curte uma alegoria
Sou Toth no Egito fiz o que eles não fariam não...
Por isso eu recupero Fanon
Fugi das grades com Grada: Memórias da Plantação
Por isso eu recupero Fanon
Fugi das grades com Grada: Memórias da Plantação
É que o colonialismo afeta a psique
Eu psiquei...
Revisitei cartas, Fanon e GRADA
E então musiquei
Pra curar as chagas
Não há nada como a música hey
"O homem na estrada" e a enxada
Um universo em crise em cada quebrada
Nada de take easy: Caneta pesada
Que porta todo o ódio das minhas gerações passadas
Cada lágrima deixada da minha mãe vai ser cobrada
Nada! Mano nóz não abre mão de nada
Nossa história não vai ser apagada
Reescrevo de volta: é verso e flow de forma rimada
Não... Por isso que eu faço arte e som
Não vão matar nosso sonho
Por isso que o rap é expressão
Cura pra irmãs e os irmãos
Por isso que eu faço arte e som
Não vão matar nosso sonho
Cura pras irmãs e os irmãos
Por isso que o rap é expressão
Por isso que eu faço arte e som
lentes pretas
cânon
mas também
não uso máscaras,
Fanon
Corpo Fechado como Bruce Willis
Fragmentado como Billy Milligan
Yeah man
Conceitual é só Hélio Oiticica
Trazendo fuego feito o povo Yagan
E a gangue acende a baga pra ver qual que fica
Vai ficar feio se trocar com meu clã
Escorre nosso sangue em Aparecida
Mas na revista no Marista eles não agem igual bandi
Tonalidade em nada influencia
Mas o alvo que polícia mata e eles catam pelo tom né
Trafica boy que é filho da burguesia
Virou um detalhe e jornal saiu que era estudante
Os crentes votam e tipo invocam o Satam
Eu gingo fácil, mas sem ser o Sotam
Fazendo arte dou fuga dos "rocam"
Se o beat bate já pode ligar a can
Da época que o Jão tinha uma Canon
E nóz ouvia Sabotage Maestro do Canão
Ah não... Eu vim mais ácido nessa que lemon
Eu sou Sileno e venci lendo esse seu deus Mamon
Se fez a curva não tá uma uva não
Da BR pra cá filhão não vai tá mamão
Que o crime dá, mas toma com as duas mãos
Eu do o toque não vim pra dá sermão
Escrevo pra tratar a ferida
Chaga colonial do estado homicida
Claro que eu plano à margem: eu trago essas perifas
Que nas maternidades querem privar a vida
No cárcere privado a grande maioria
Um cenário marcado em doses de aporia
Abutres e algozes voam em euforia
E a carne mais barata é o filho da Maria
Entre a Necropolítica e a Filosofia
Não descobri Mbembe ouvi umas historinhas
De branco euroupeu que curte uma alegoria
Sou Toth no Egito fiz o que eles não fariam não...
Por isso eu recupero Fanon
Fugi das grades com Grada: Memórias da Plantação
Por isso eu recupero Fanon
Fugi das grades com Grada: Memórias da Plantação
É que o colonialismo afeta a psique
Eu psiquei...
Revisitei cartas, Fanon e GRADA
E então musiquei
Pra curar as chagas
Não há nada como a música hey
"O homem na estrada" e a enxada
Um universo em crise em cada quebrada
Nada de take easy: Caneta pesada
Que porta todo o ódio das minhas gerações passadas
Cada lágrima deixada da minha mãe vai ser cobrada
Nada! Mano nóz não abre mão de nada
Nossa história não vai ser apagada
Reescrevo de volta: é verso e flow de forma rimada
Não... Por isso que eu faço arte e som
Não vão matar nosso sonho
Por isso que o rap é expressão
Cura pra irmãs e os irmãos
Por isso que eu faço arte e som
Não vão matar nosso sonho
Cura pras irmãs e os irmãos
Por isso que o rap é expressão
Por isso que eu faço arte e som
Credits
Writer(s): Ras Tibuia, Fellipe Pereira Amorim, Abel Keback Ferreira
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