Frágil

Frágil feito taça de vinho e porcelana
Transparente feito vidro temperado
Que transpassa o sol na varanda

Achei que era só mais uma gota de chuva
Em meio ao vendaval
Cortina de fumaça, fogo de palha, coisa e tal

Vejo a luz da lua sobre o lago
Ouço o som da rua e sinto o gosto do asfalto
Deitado de lado, em posição fetal

E a lágrima em minha boca com sabor de sal
Me lembra o amargo das noites
Em que eu não dormi, fugindo de mim
Depois que, pra ela, eu dei tchau

Essa dor diz muito mais sobre mim do que sobre ela
Sobre o fim de algo e sobre uma nova era
Sobre se enganar para esconder algo muito mais profundo
Talvez um trauma de vidas passadas
Talvez uma quebra de ciclo pro futuro

Tentando ser otimista
Eu tive que me foder muito, para crescer muito
E no pior dos cenários, eu vou escrever muito
E no melhor dos cenários
Ela vai chorar muito quando me ouvir
E se não chorar também, tô nem aí

Oi, é... sou eu
Eu esqueci umas coisas aí, eu precisava buscar
Você vai tá em casa hoje à tarde?
Me avisa, beijo



Credits
Writer(s): Francisco De Assis Chaves Jard Filho, Glauco De Souza Borges, Pedro Martins Calais Da Costa, Otavio Cardoso Furtado
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