Enquanto Esperas

Se de longe te esperam
Ou no cume do sobral
Se convictos dilaceram
O óbice infernal

Quando a mente não te espera
Te arrasta para o mal
Não descansa essa fera
Vives no seu quintal

Foram sonsos
São mil mais
E por enquanto espera
Nos belos arrozais

Se a espera é uma vida
É fumo não calor
Bravo aquele que decida
Fazer-se próprio extintor

Foram anos
Não um mais
Porquanto alguém te espera
À margem dos arrozais

Se não tolera a espera, nela há muito mais
Um livro, uma lembrança, vontade, dois postais
Os meses já não voam, mas o tempo já lá vai
Nas rajadas que soam voam os postais

Dando voltas no quintal
Involução, nervo animal
Nove mil e sensual
Enquanto esperas já não há mais p'ra andar



Credits
Writer(s): Duarte Saldanha
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