Tempo

Ele não é dinheiro
Não é objeto de posse
Não pode ser transferido
Nem depositado em conta

Pagamos pelo que é do outro
Dia de árduo trabalho
Alguns minutos de diversão
Momentos fúteis de prazer

Buscamos algo que nos poupe
O transporte mais rápido
A melhor conexão
Um botão que acelere

Tentamos controlar o nosso
Produzir mais em menos
Organizar uma agenda cheia
Quem sabe um dia estar livre

Mas ele escapa entre os dedos
Nunca conseguimos alcançá-lo
Não temos o que passou
Nem temos todo o do mundo

Recebemos a conta-gotas
Segundo, minuto, hora, dia
Até sonhamos com o futuro
Mas só dispomos do agora

Doá-lo é expressar amor
Não é perdido, e sim aproveitado
Quando dedicado a alguém
Que está aqui no presente

Tempo é dádiva do eterno
Nós não o temos, o vivemos
Ele é graça a quem acorda
E entende que tudo é finito



Credits
Writer(s): Medson Barreto
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