Sou Euclido

Parece que tou a ver-me aos 45
Brilhante por dentro, brilharete no cinto
A ver esgotar o bilhete do recinto
Tudo alinhado e com eles no sítio
Vou continuar o mesmo mocito
A mesma sede, o mesmo motivo
A escrever textos sem ver o título
Sem aposentos e no mesmo retiro

A explodir a minha emoção, assim
Mesmo sem espinhas
Ou viste para me encher o blusão
Ou por outra razão não vinhas
Ouviste as minhas falas,
Já viste que não são tenrinhas
E não há interesse, então o meu preço
Mano que o meu talão tem linhas

Cara de nojo até ao cair do pano
Não consigo disfarçar q'eu não sou o Lupin
Se tou incomodado mano eu ponho-me p'a canto
E só tou realizado quando eu solto o canto
Vida é seca, com maconha encanto
É que não sou santo
E onde eu tinha a fronha não é suíço o chocolate
Então não cobices, não te guies por mim
Que aquilo que eu vi, não querias simulado

Ainda achas mesmo que tas apto para competir
E não estás, já digo
Mano eu levei castigo e não falto à estiga
E não me falta apetite
De manhã café e um Nite
Que não hidrata Activia
Abaixo dos calcanhares mano aqui tu não falas
No máximo, falas se chegar à tíbia

Mãe, não tolero que chores
Tou a pensar no conforto e
No volvo que eu tinha prometido
Cada vez que eu rio é a ti que eu dou graça
E a arrogância é uma capa, não é nada contigo

Tou a ver se eu trabalho p'a ver se ficas mais quieta
O Alex com a carinha estampada em manchetes
E quanto aos problemas, deixa tar tranquilo
Como sou eu que lido, então que venham mais 7

Como sou eu que lido, então que venham mais 7
Como sou eu que lido, então que venham mais 7
Como sou eu que lido, então que venham mais 7

Por isso é que não paro
Nem sei se o que eu faço é tão raro
Mas o processo tem que ser honrado
E confiança, mano teimo em não dar
É porque eu acabo magoado, enfiado no charco
A vida quer ver-me tombado
Que eu dei tanta volta
Que passei d'um simples mortal
Para nota 5 no mortal encarpado

Não sei se assinei algum contrato por isso
Mas as vezes sinto-me culpado por isso
Fechado no escuro tipo um saco do lixo
E de lado p'a lado com o meu passe de turista

A vida quis lutar, eu dei desforra
E no entanto, vi quem me disse 'sangue'
A querer chamar-lhe sorte
Mano eu nunca paro e raramente meto folga

Se tou atrapalhado eu não abrando
Meto vodka
Tem passado tempo e, aparentemente
fiz do medo moda
Que agora tou na casa sempre
E se o bode entra então é sempre boda
Manifestado sede
Não tem faltado water
Vê o meu lá de dentro
Vê o meu lado de fora
C'o palato quente, a olhar de frente
Tenho o olhar de sempre
E tenho olhares de sobra

Ainda achas mesmo que tas apto para competir
E não estás, já digo
Mano eu levei castigo e não falto à estiga
E não me falta apetite
De manhã café e um Nite
Que não hidrata Activia
Abaixo dos calcanhares mano aqui tu não falas
No máximo, falas se chegar à tíbia

Mãe, não tolero que chores.
Tou a pensar no conforto
E no volvo que eu tinha prometido
Cada vez que eu rio é a ti que eu dou graça
E a arrogância é uma capa, não é nada contigo

Tou a ver se eu trabalho p'a ver se ficas mais quieta
O Alex com a carinha estampada em manchetes
E quanto aos problemas, deixa tar tranquilo
Como sou eu que lido, então que venham mais 7



Credits
Writer(s): Gabriel Sousa
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