Louca Pauliceia
quando ibirapuéramos felizes
quase todos os narizes
debruçavam-se em Jardins
quem hoje passa pela 23
é vítima ou freguês
do vendedor de amendoins
fôrça! Empurra-empurra
empurra esta saudade burra
que anda em marcha a ré
dá pontapé até a fé a pé
chegar na Catedral da Sé
moça chique deu chilique
tropeçou no aplique
mas não perde o ônibus
porque o trânsito se faz de jegue
em Pacaembu rico segue
de helicóptero
sobrevoa o Estádio
pobre escuta o rádio
gol de placa a la pelé
chapéu da época do olé
na bola a rede até faz cafuné
lá no marco zero
meio-campo é zero
zera o placar
zero a zero meia
noite zero horas
zera o placar
dentro da cidade
cheiro da saudade
ou do café
louca Pauliceia
a minha cidade é
o seu gari as suas ruas limpa
como quem garimpa
ruas de aluvião
mas tudo que ele tem de posse
é muita febre e tosse
pra lembrar que tem pulmão
fuma só bituca
bate bem da cuca
tem bafo de chaminé
perequeté no cabaré
na boca a sede sobe igual maré
da varanda da Paulista
vê-se Bela Vista
onde o sol passeia nu
parede-e-meia com Bixiga
Achiropitta briga
manda todos Anhangabaú
Móocasião de festa
Adoniran contesta
o trem das onze e dez
mas se não trem não tem revés
no chão batucam bem os nossos pés
lá no marco zero
solidão é mero
mero placar
lero-lero meio
dia doze horas
dosa o olhar
longe da cidade
cheiro da saudade
ou do café
louca Pauliceia
a minha cidade é
quase todos os narizes
debruçavam-se em Jardins
quem hoje passa pela 23
é vítima ou freguês
do vendedor de amendoins
fôrça! Empurra-empurra
empurra esta saudade burra
que anda em marcha a ré
dá pontapé até a fé a pé
chegar na Catedral da Sé
moça chique deu chilique
tropeçou no aplique
mas não perde o ônibus
porque o trânsito se faz de jegue
em Pacaembu rico segue
de helicóptero
sobrevoa o Estádio
pobre escuta o rádio
gol de placa a la pelé
chapéu da época do olé
na bola a rede até faz cafuné
lá no marco zero
meio-campo é zero
zera o placar
zero a zero meia
noite zero horas
zera o placar
dentro da cidade
cheiro da saudade
ou do café
louca Pauliceia
a minha cidade é
o seu gari as suas ruas limpa
como quem garimpa
ruas de aluvião
mas tudo que ele tem de posse
é muita febre e tosse
pra lembrar que tem pulmão
fuma só bituca
bate bem da cuca
tem bafo de chaminé
perequeté no cabaré
na boca a sede sobe igual maré
da varanda da Paulista
vê-se Bela Vista
onde o sol passeia nu
parede-e-meia com Bixiga
Achiropitta briga
manda todos Anhangabaú
Móocasião de festa
Adoniran contesta
o trem das onze e dez
mas se não trem não tem revés
no chão batucam bem os nossos pés
lá no marco zero
solidão é mero
mero placar
lero-lero meio
dia doze horas
dosa o olhar
longe da cidade
cheiro da saudade
ou do café
louca Pauliceia
a minha cidade é
Credits
Writer(s): Leandro Só
Lyrics powered by www.musixmatch.com
Link
© 2024 All rights reserved. Rockol.com S.r.l. Website image policy
Rockol
- Rockol only uses images and photos made available for promotional purposes (“for press use”) by record companies, artist managements and p.r. agencies.
- Said images are used to exert a right to report and a finality of the criticism, in a degraded mode compliant to copyright laws, and exclusively inclosed in our own informative content.
- Only non-exclusive images addressed to newspaper use and, in general, copyright-free are accepted.
- Live photos are published when licensed by photographers whose copyright is quoted.
- Rockol is available to pay the right holder a fair fee should a published image’s author be unknown at the time of publishing.
Feedback
Please immediately report the presence of images possibly not compliant with the above cases so as to quickly verify an improper use: where confirmed, we would immediately proceed to their removal.