B.R.A.Z.A

Comerciantes vendem distrações em polegadas
Parabólicas, anabólicas paranoias
Quem captou o sinal?
Engorda a fila, a mesa vira
E o herói vira o vilão
Quem consome não compreende bem o cálculo
Notícia vende o nome, quem te vende sabe o gasto
Labirinto dos vivos, achar saída em tanta teia
Debaixo brota vida, tem plantio, tem colheita
Veja bem tá tudo ok aqui
A procura de um antídoto
Reajo e me equilibro o
Meus atos e relatos traduzem coisas do íntimo
Querem ditar o ritmo, mas mudamos o ritmo
Braza do cigarro que bota fogo no circo
E há quem jura que defende nossos interesses
Há quem sinta culpa por não ser um deles
Seca nos olhos, e essa boca tá com sede

O diabo não veste Prada
Tem nome, sobrenome, apelido e veste farda
Gosta de falsos heróis, penoso mito
Comensais da morte acabou sua festa
O futuro é uma criança

Desbravando novos mares
Interação entre bem, mal, bem, mal
Cuidado em quem confiares
Já que discursos não mostram caráter
Nesses jogos de interesses, sociais ou pessoais
Nessa questão quem que ta certo, dropando fatos reais
Encobrindo desvios, décadas de sigilo
Não se prender, no que vem fácil
Pra criar seu raciocínio
Na disci, não visse
Sem pagar propina
Por paga de loko, o tempero da pista
Vivendo a vida, zona sul do braza
Estudo e investimento
Seguindo os próprios destinos
O que é real, não ta na mídia
Sem moral pra esses comédia
O preço é a pressa
Essa aqui mais um tijolo
Consolidando os ciclos
Contestando cínicos
Pedradas e bombas
Nada vem de graça
Retorno é em dobro

Seja bem vindo ao show
Onde o discurso redondo disfarça
O pensamento quadrado
O estado não estende o braço
Meu parsa
Coexistimos no próprio colapso
Trocando a juventude
Por estabilidade
Nem tratamentos caros
Curam doenças graves
E mais farmácias abrem
Vendo lucratividade
Meus iguais no aluguel
Aos 60 de idade
Um amor platônico
por seu candidato
Cumprir suas propostas
É o mínimo aceitável
Pra beber água da fonte
Contorno a ruptura
Só se acessa a cura
Preparado pra verdade

O diabo não veste prada
Tem nome, sobre nome, apelido e veste farda
Gosta de falsos heróis, penoso, mito
Comensais da morte acabou sua festa
O futuro é uma criança

Histórias fora de contexto
Levadas como amuleto
Na fé que a sorte sirva de muleta
Numa brecha dessa quantos fecha
Flerta com a notícia sem conversa

Imagine o Mister M apresentando jornal
Revelando cada truque social
Ahammm

Famoso 16 toneladas
Rimas batem na cara feito água
Clareando a vista contra crista de enfeite
Preparado e sem fome de lavagem
Mas se bem... Que mastigadinho tem quem compra a imagem...

O diabo não veste Prada
Tem nome, sobre nome, apelido e veste farda
Gosta de falsos heróis, penoso, mito
Comensais da morte acabou sua festa
O futuro é uma criança