Escrúpulo

Muito além, a mais do que devia
Excesso de tato, toda delicadeza
Contanto, contudo, todavia, toda vez
Você desvia o rumo do assunto.
E nunca que chega junto,
E nunca que chega ao centro da questão
Escrúpulo
Você não fala pelas costas
Você não fala pelos cotovelos,
Passa as noites em claro,
Mordendo a fronha,
Escolhendo frases de efeito moral.
E nunca que você dá jeito,
E nunca que ninguém
Dá jeito na situação.
Escrúpulo
O tímido medo do ridículo,
É sempre no limite que você decide.
Decide se vai, ou se fica, ou se foge,
Decide o revide, ou decide o perdão.
Você não sabe muito bem ao certo,
Com que medida pode ser medido.
O que é que move lá no fundo
Da vontade oculta,
O que é que assusta seu coração.
Você persegue a causa,
E nunca percebe
A causa da destruição.
Escrúpulo
Odeio ficar fazendo rodeio,
Pelo tolo receio de ouvir um não.
Dando passos em falso,
Andando em círculos,
O pé atrás, o impasse,
O nó na garganta.
E então já não adianta
Dar a decisão.
Escrúpulo
O tímido medo do ridículo,
É sempre no limite que você decide.
Decide se vai, ou se fica, ou se foge,
Decide o revide, ou decide o perdão



Credits
Writer(s): Lula Queiroga, Lenine
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