DNA de Guerra

Manifesto o meu lamento
Ogunhê corto o silêncio
Vou com as armas de Jorge
Ninguém toca em mim
Que meu canto é navalha da espada de Ogum
Minha voz firma o ponto e não deixa cair
Tem Ogum pra guiar e Exu pra abrir

Manifesto e o meu corpo
É todo ferro, é todo fogo
Sou forjado do ferro das armas de Jorge
Desse fogo que nasce das mãos de Oyá
Tem Ogum pra guiar e Exu pra abrir (laroyê)
Ogunhê, eparrei faço a gira queimar

Vou queimando e o corpo dança
Corpo que arde, ponta de lança
Ogunhê é meu pai não me deixa cair
Sou forjado no fogo da revolução
Boto bloco na rua pra poder seguir
Vou riscar o meu ponto e pedir proteção

Ogunhê, meu pai guerreiro
Chamo Kaô, vem justiceiro
Teu oxé meu escudo pro mal que há de vir
Teu oxé meu escudo não deixa eu cair
Que eu sou feito do ferro do oxê de Xangô
Que eu sou feito do ferro da espada de Ogum

Manifesto o meu condão
DNA de guerra irmãos
Minha voz vem de longe de antes de mim
Olha eu não ando só alguém zela por mim
Ela vem de aruanda, ela vem de orum
Quem eu sou feito do ferro, do fogo de Ogum
Movimentos, manifestos
A flor que nasce do concreto
Batuque na rua é questão de existir
E o rufar da alfaia não deixa eu cair
Batuque na rua é questão de existir
E o rufar da alfaia não deixa eu cair



Credits
Writer(s): Luciano Lira Dos Santos, Samara De Castro Milhomem
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